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Sindical e Previdência

Senado está preparando novo projeto sobre a terceirização

em debate. Em tempos de crise, com o crescimento do desemprego em todo País, a terceirização de serviços vem crescendo. Com isso, o Senado está agilizando um novo projeto para o setor, que deve ser votado ainda este ano

Da Reportagem

Publicado em 22/04/2016 às 10:05

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O trabalho terceirizado no País precisa de uma legislação trabalhista especializada para garantir os direitos de milhares de trabalhadores, dizem os senadores / Divulgação

O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) afirmou que a única maneira de vencer a batalha contra a precarização dos direitos dos trabalhadores terceirizados é rejeitar o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 30/2015, aprovado no ano passado por aquela Casa e ainda em tramitação no Senado. A afirmação foi feita durante sessão temática para discutir o projeto.

A proposição regulamenta contratos de terceirização e permite, por exemplo, a terceirização de trabalhadores que atuam na atividade-fim de uma empresa. Para Crivella, a falta de legislação sobre o tema representa uma lacuna, um vácuo jurídico. O senador, no entanto, considera o projeto inconstitucional porque cria distinções entre trabalhadores.

O senador explicou que, mesmo que o Senado mude todos os pontos que prejudicam os trabalhadores, a Câmara pode retomar e aprovar o texto original.

“ Se nós fizermos alterações nessa lei, por mais bem intencionadas que forem, e a aprovarmos nesta Casa, os senhores deputados vão derrubá-la, e o projeto será sancionado do jeito que eles quiserem”, alertou.

A solução apresentada por ele é rejeitar o texto e criar um com novas regras. Esse texto já está sendo elaborado pelo senador e deve ser apresentado no Senado.

Crivella recebeu o apoio de colegas como Humberto Costa (PT-PE). Para ele, a terceirização faz com que os trabalhadores recebam menos por jornadas muitas vezes exaustivas. Aprovar o texto como está, para o senador, é “rifar o futuro dos trabalhadores”, buscando um atalho fácil e criminoso para o crescimento econômico.

“ Como dizem os especialistas, este é um tipo de contrato que outorga todo o controle ao empregador e deixa o empregado em uma situação terrivelmente instável e muito mais vulnerável a abusos”, alertou.

Hélio José também apoiou a apresentação de um novo texto. Ele disse acreditar que o tema precisa ser discutido com calma e não aprovado de qualquer jeito. Na opinião do senador, não é aceitável precarizar ainda mais os terceirizados.

Paulo Paim (PT-RS), ­relator do texto na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), garantiu que seu relatório será pela ­rejeição do projeto. O senador disse que o texto significa a revogação da Lei Áurea, com a escravização dos ­trabalhadores.

Rejeição. O senador Paulo Paim (PT-RS), relator do texto na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), garantiu que seu relatório será pela ­rejeição do projeto. O senador disse que o texto significa a revogação da Lei Áurea, com a ­escravização dos ­trabalhadores.

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