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Sindical e Previdência

Intercâmbio abre as portas para trabalho e estudo no exterior

Empresária Rosa Maria Troes fala sobre as vantagens do aprendizado de brasileiros no exterior

Francisco Aloise

Publicado em 06/09/2017 às 11:49

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Rosa Maria, acompanhada de Telma, esteve no Diário do Litoral onde foi recebida pelo diretor Sérgio Souza / Rodrigo Montaldi/DL

“As portas para se obter oportunidades de empregos no exterior passa, primeiro, pelo idioma, pois sem ele, o pretendente a ingressar em qualquer atividade estará perdido e sem nenhuma chance. Eu falo isso por vivência própria, e por isso criei a empresa Canadá Intercâmbio, que hoje abre as portas pra estudantes, advogados e trabalhadores em geral”. A afirmação é da gaúcha Rosa Maria Troes, presidente executiva da Canadá Intercâmbio, que esteve no Brasil e visitou a redação do Jornal Diário do Litoral.

Especializada em intercâmbio cultural, ela foi considerada uma das cem mulheres empreendedoras mais importante do Canadá, País onde está morando há 14 anos. Com escritórios no Brasil e exterior, Rosa Maria está voltando suas atenções agora para ampliar suas atividades em busca de orientações de brasileiros que a procuram para obter empregos no exterior.

“Prefiro que os brasileiros que me procuram para intercâmbio no Canadá, voltem ao Brasil, pois isso vai fazer o País crescer em conhecimento cultural, mas, infelizmente, devido à crise política e econômica do Brasil, muitos dos meus alunos, acabam obtendo vagas no mercado de trabalho europeu e acabam ficando por lá, o que não é bom para o Brasil”, ­justifica.

Diante desse quadro, ela diz que sua empresa está tentando fazer um caminho inverso, trazer estudantes e trabalhadores do exterior para o Brasil a fim de conhecerem melhor o País para troca de ideias. “Aqui ainda tem muitas oportunidades que devem ser aproveitadas e quem estiver melhor preparado vai poder usufruir  dessas oportunidades”.

Ela diz que os brasileiros precisam aprender novas culturas e que o intercâmbio permite isso. “Eles aprendem novos idiomas, novas culturas e voltam para o Brasil bem melhor, preparados para enfrentarem seus ­desafios”.

Em relação aos trabalhos dos brasileiros no Canadá, Rosa Maria diz que a pessoa tem que estar ligada à um instituição de ensino. “Se não for assim, não pode trabalhar, essa é a lei canadense, País onde o desemprego é muito pequeno”.

Um passatempo que deu certo, diz Rosa

Em sua visita a Santos, Rosa se reuniu com a diretoria da OAB/Santos, pois existe um convênio de intercâmbio entre a CAASP/OAB e sua empresa, que está possibilitando que muitos advogados frequentem cursos no Canadá em busca do aprendizado do inglês jurídico, que abrea as portas do mercado de trabalho de advogados no exterior.

É o caso da advogada trabalhista de Santos Telma Rodrigues da Silva, que já há algum tempo faz esse intercâmbio, e vem se revezando entre seus estudos no inglês jurídico em Toronto com seus escritório de advocacia em Santos.  

A empresa que Rosa comanda em Toronto e Vancouver(Canadá), com cinco filiais no Brasil, leva e acompanha o desenvolvimento de estudantes brasileiros que vão estudar no país norte-americano, desde 2004. Ela diz que o negócio nasceu como um passatempo da empreendedora que, em 2003, foi morar definitivamente em Vancouver. “Eu  mudei para o Canadá em busca de uma melhor qualidade de vida. Eu cheguei lá sem falar inglês e sem trabalho. Foi, então, que eu comecei a dar dicas de escolas e lugares para visitar aos meus amigos brasileiros que  visitavam o Canadá”, afirma.

A empreendedora notou a ausência desse tipo de serviço no país e, pouco tempo depois, criou o site da empresa e deu início ao negócio. “Montei meu escritório em casa e comecei fazendo tudo sozinha. Eu selecionava as escolas e as casas onde os estudantes iam ficar. Depois, os buscava no aeroporto, levava até o destino e acompanhava o desenvolvimento deles no país. Quando acontecia qualquer emergência, era eu quem os socorria”, diz.

Hoje, catorze anos depois, a Canadá Intercâmbio tem 15 unidades espalhadas pelo Brasil, Canadá, México e Japão, e mais de 100 funcionários no total”.

Rosa menciona que ter sido eleita uma das 100 empreendedoras mais importantes do Canadá foi um orgulho. “Foram muitos os desafios nos primeiros passos do negócio. Mas eu não pensei nas dificuldades. Fui sem medo de errar e hoje, estou ajudando muita gente em minha atividade e isso não tem preço”.

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