26 de Abril de 2024 • 00:29
Movinento grevista pode ser encerrado amanhã logo após o julgamento. Assembleia é quem vai decidir / Matheus Tagé/DL
O Tribunal Regional do Trabalho julga amanhã, a partir das 15h30, a greve dos estivadores, que já dura nove dias. A paralisação envolve três terminais privativos: Santos Brasil, EBP e Libra Terminais. O movimento foi deflagrado devido a um impasse nas negociações salariais e também contra o sistema de escala de trabalhadores.
O tribunal pediu que as partes cumpram a Cláusula de Paz assinada durante audiência de conciliação realizada há 15 dias e determinou que oficiais de justiça visitem o Porto de Santos para constatar a existência ou não da greve da categoria e também sobre contratação de tripulação estrangeira por terminais portuários.
Durante esses dias de greve houve muita confusão. O Sindicato dos Operadores Portuários (Sopesp) acusa o sindicato de não revelar a verdade aos trabalhadores sobre o sistema de trabalho, já julgado pelo TST, em Brasília e o sindicato, por sua vez, através do seu presidente, Rodnei Oliveira da Silva, diz que o Sopesp falta com a verdade tentando desestabilizar a categoria.
A palavra final no impasse deverá ser dada mesmo pelo TRT, num julgamento que promete ter intenso debates entre os representantes jurídicos das duas entidades sindicais.
Sopesp
As empresas que compõem a Câmara de Contêineres do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), em nota emitida ontem, alegam que continuam estranhando a greve decretada pelo Sindicato dos Estivadores de Santos (Sindestiva) e que completou uma semana no último dia 25.
O sindicato patronal diz que o movimento se mantém mesmo após despacho de desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que na última sexta-feira determinou o cumprimento de cláusula de paz e a normalidade das operações no Porto de Santos.
O Sopesp alega que a desembargadora nomeou oficiais de Justiça para acompanhar o movimento durante o último final de semana para verificar se as operações estavam normalizadas.
As empresas,nesse período, diz a nota, têm tido inúmeros problemas com a paralisação decretada pelo Sindicato dos Estivadores, como perda de produtividade, invasão de dois terminais de contêineres que resultou na detenção de sete estivadores, perda de janelas de atracação e desvio de navios que eram previstos para escalar o Porto de Santos, entre outros fatores que também resultam em grande prejuízo financeiro às empresas e seus parceiros na cadeia logística, aos trabalhadores, ao Porto e à economia do País.
Cotidiano
A vítima é uma mulher de 49 anos, que morreu no último dia 3
Santos
Denúncia foi feita pela vereadora Audrey Kleys (Novo) durante a 22ª Sessão Ordinária da Câmara de Santos nesta terça-feira (23)