26 de Abril de 2024 • 06:06
Reajuste vai beneficiar mais de 10 milhões de segurados que ganham acima do mínimo, entre aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios por incapacidade / Matheus Tagé/DL
O reajuste nas aposentadorias e demais benefícios do INSS será de 6,58%, retroativo ao dia 1º deste mês. O índice ficou abaixo da previsão inicial do Orçamento da União, enviada no final de agosto pelo Governo, que era de 7,38%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi divulgado ontem.
O IBGE, responsável pela apuração do indicador, informa que a alta do custo de vida veio caindo nos últimos meses de 2016, o que originou num índice inflacionário menor.
O reajuste vai beneficiar mais de 10 milhões de segurados que ganham acima do mínimo. Pela primeira vez, nos últimos 20 anos, o reajuste é maior do que foi concedido ao salário mínimo.
Nos próximos dias, o INSS deverá divulgar uma tabela oficial com o escalonamento dos reajustes para quem só começou a receber benefício após janeiro de 2016 e, devido a isso, não tem direito ao reajuste total de 6,58%.
As demais aposentadorias do País, no valor de um salário mínimo, que beneficia mais de 22 milhões de segurados do INSS, já tiveram seu reajuste anunciado em dezembro, pouco antes da virada do ano e foi de 6,48%. O piso subiu de R$ 880 para R$ 937, também a partir do dia 1º deste mês.
A folha de pagamento deste mês do INSS, que se inicia no dia 25, e se estenderá até o dia 7 de fevereiro, já será paga com o reajuste. Quem ganha acima do piso nacional, começa a receber no primeiro dia útil de fevereiro.
Indicadores de mercado de trabalho têm resultados negativos
Os dois indicadores de avaliação do mercado de trabalho da Fundação Getulio Vargas (FGV) encerraram o ano de 2016 com resultados negativos. O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), que busca antecipar tendências futuras do mercado de trabalho, recuou 3,1 pontos em dezembro, atingindo 90 pontos.
Esse foi o menor resultado do indicador, calculado com base em entrevistas com consumidores e empresários da indústria e dos serviços, desde julho do mesmo ano (89,1 pontos).
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que avalia a situação atual do mercado de trabalho com base na opinião de consumidores brasileiros, piorou 0,6 ponto e atingiu 103,6 pontos. É o pior resultado da série histórica, iniciada em novembro de 2005.
Segundo a FGV, os indicadores refletem mais uma vez a piora na percepção da situação da economia no País. O Iaemp recuou devido à redução do entusiasmo em relação ao ritmo de recuperação da economia brasileira. Já o resultado do ICD reflete a elevação das taxas de desemprego e a maior dificuldade em conseguir um emprego no País.
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