X

Cultura

O mar de Caymmi e as lendas dos orixás em ‘Obá de Xangô’

Trabalhando com manifestações populares, peça tem como objetivo difundir a cultura caiçara

Rafaella Martinez

Publicado em 05/09/2017 às 09:01

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

O amor passional, o desejo, egos feridos e os anseios pelo outro compõem o desenvolvimento do espetáculo / Caique Tavares/Divulgação

“O mar quando quebra na praia. É bonito, é bonito...”

Mesclando os versos da canção ‘O mar’ de Dorival Caymmi com as lendas dos orixás, o espetáculo ‘Obá de Xangô’, do Teatro do Pé, entra em cena hoje no palco do Teatro Guarany.

“Não dá para falar do mar sem falar de Caymmi. O espetáculo surgiu de uma vontade nossa de criar algo sobre cultura caiçara e da dramaturgia do Julinho Bittencourt, que foi buscar inspiração nos orixás para traçar a dramaturgia”, conta a atriz Juliana Bordallo.

O espetáculo tem como base a música “O Mar” de Dorival Caymmi, que retrata a história do pescador Pedro e seu amor pelo mar e por Rosinha de Chica. Partindo desse ponto, o autor desenvolve o texto incluindo personagens que compõe a atmosfera de uma vila de pescadores.

Surge a personagem Moiá, com quem Pedro havia se relacionado no passado. Esse triângulo amoroso se intensifica, até o desfecho da história. O autor trabalha o texto no mundo real, porém as relações das personagens Pedro, Rosinha de Chica e Moiá, fazem uma alusão às histórias entrelaçadas de três entidades do sincretismo religioso, sendo específico do Candomblé e da Umbanda. Xangô (Pai da Justiça), Mamãe Oxum (Rainha dos Rios) e Iansã (Deusa dos Raios e da Chuva), que segundo os relatos, tiveram seus desfechos dramáticos. O amor passional, o desejo, egos feridos e os anseios pelo o outro compõem o desenvolvimento do espetáculo.

Trabalhando com manifestações populares, o Teatro do Pé tem como objetivo difundir a cultura caiçara. A ideia é que o público esteja realmente em uma vila de pescadores através da cenografia e sinta o romance das personagens como identificação em algumas situações pela interpretação dos atores.

Agenda

18h | Centro Cultural Cadeia Velha | Mostra Paralela | ‘As quatro esposas’ (Grupo TEP/Santos);
19h | Centro Cultural Cadeia Velha | Mostra Paralela | ‘Raça’ (Coro Cênico Céu da Boca/Santos);
20h | Cadeia Velha | Mostra Paralela | ‘Manifesto Artaud: um grito nas reticências do paraíso’ (Teatro Genoma/Praia Grande);
21h | Teatro Guarany | Mostra Regional | ‘Obá de Xangô’ (Teatro do Pé/Santos);
22h | Vila do Teatro | ‘O Bote – Baile Marginal’ (Coletivo Bote/Santos)

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Praia Grande

1.000 embalagens de plástico foram trocadas por itens sustentáveis, em PG

Ação aconteceu durante a '1ª Feira Verde de Praia Grande', no último domingo (21)

Turismo

Outono é temporada ideal para mergulhar no Litoral Norte de São Paulo

Saiba porque a estação é boa para a prática de mergulho e quais são os melhores pontos da Região

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter