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Cultura

Circo moderno: o que permanece do modelo antigo?

Aulas de tecido e lira acrobáticos, trapézio, contorção, acrobacias de solo e em dupla é o que todos estão encontrando

Andressa Aricieri

Publicado em 10/09/2018 às 11:19

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Além de artístico, os exercícios trazem benefícios ao corpo por ser uma atividade física que mexe com a força, flexibilidade e consciência ­corporal / Divulgação

Respeitável público! Quando as pessoas pensam em circo, as imagens que vêm na cabeça contam com lonas, palhaços e animais. Entretanto, esse modelo está se modificando todos os dias. Não é mais necessário fugir para mostrar a arte ao mundo. O circo moderno está se instalando nas academias de Praia Grande. 

Aulas de tecido e lira acrobáticos, trapézio, contorção, acrobacias de solo e em dupla é o que todos estão encontrando. Além de artístico, traz benefícios ao corpo por ser uma atividade física que mexe com a força, flexibilidade e consciência ­corporal. 

Aline Rios, de 27 anos, é professora de acrobacias aéreas há oito. Ela toma conta da Cia Luno e dá aula em duas academias. “Tive o primeiro contato com o circo em 2009, em um grupo de teatro que atuei como atriz e maquiadora. Depois disso, procurei por cursos para conhecer mais. Em uma escola de teatro em São Paulo, fiz o meu curso de trapézio fixo”. 

Apesar de parecer fácil, todo o processo que leva às figuras finais depende de muitos meses de trabalho.

Os exercícios propostos em cada aula mudam. E circo não tem idade: mães, pais e avós podem se juntar para fazer barras, abdominais e dar muitas risadas. 

Gustavo dos Santos Andrade, de 19 anos, é um dos alunos da Cia Luno há um ano e meio. “Descobri as aulas pela internet, mas as modalidades aéreas de circo eu conheci pela Violet Chachki, uma Drag Queen que sou fã,”, afirmou. Ele declarou que, a cada mês, sente a diferença, tanto no corpo, quanto na mente, ajudando a melhorar a autoestima. 

Porém, não é só de trapézio, tecido e lira que vive o circo moderno. As acrobacias de solo e em dupla lembram um pouco do que acontece no ‘Cirque du Soleil’, e os personagens de animação de festa tem um caráter mais ligado a Charlie Chaplin. 

Aline dá aula para 35 alunos, e alguns deles treinam nos dois locais que ela atua. “Alguns já são artistas, professores ou foram estudar circo longe”. É o caso dos irmãos Henrique e Carolina Alves. Portugal foi o destino dos dois, que passaram na escola de circo e logo vão poder colocar em prática o que aprenderam no Brasil. “Por enquanto estou ajudando meu pai a montar um espetáculo, mas depois que começarem as aulas, vou focar”, afirmou Henrique. 

O circo também vale como aprendizado para quem não é muito organizado, pois te obriga a traçar metas e objetivos, já que, no fim do ano, Aline sempre promove apresentações para familiares e amigos. Essas mostras são totalmente criadas pelos estudantes, de acordo com os talentos variados de cada um. 

Apesar de tudo, ela não escolheu ser professora, mas ao perceber que conseguia estimular os alunos para superarem seus limites, também resolveu se dar uma chance. Em 2015, teve a oportunidade de ensinar circo como um projeto próprio, com a didática dela e não como auxiliar (que era sua função). “O que mais gosto na minha profissão é poder ajudar as pessoas a se conhecerem melhor. Cada um tem um ponto forte, fisicamente ou mentalmente. É incrível ver um aluno que sempre achou que não seria capaz de fazer uma apresentação, vibrar e ficar radiante antes de entrar no palco pela primeira vez”. 

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