26 de Abril de 2024 • 01:08
Pedro Gouvêa conversou com o DL e se mostrou otimista quanto ao futuro de São Vicente / Rodrigo Montaldi/DL
A primeira cidade do Brasil completa hoje 486 anos. Para comemorar a data especial, desde a última quinta-feira, o município tem oferecido uma ampla programação que contou com a inauguração das novas instalações da TV Primeira e Rádio Primeira FM; exposição na Casa Martim Afonso; extensão do cartório eleitoral da zona 340 dentro da Subprefeitura da Área Continental e a estreia da famosa Encenação da Fundação da Vila de São Vicente, que começou na última sexta-feira e segue até o dia 25, na arena montada na Praça Tom Jobim (Biquinha).
Em relação aos desafios que a cidade ainda tem pela frente, o prefeito Pedro Gouvêa conversou com o DL e se mostrou otimista quanto ao futuro de São Vicente. Confira a entrevista.
DL – A cidade ganhará novos equipamentos na comemoração de aniversário, certo?
Pedro Gouvêa – Isso mesmo. O aniversário será comemorado com a entrega de algumas obras importantes, como três novas creches (Creche Municipal Geralda Ernestina da Silva - Avenida Vereador Osvaldo Toschi, 2975 – Jóquei; Creche “Eduardo Furkini” - Rua Archimedes Bava, s/nº, Gleba II; Creche Municipal Paulo de Souza, Av. Ulisses Guimarães, sem número – Rio Branco) que já começam a funcionar em 5 de fevereiro. Também inauguramos uma casa de triagem que vai nos ajudar na questão da população em situação de rua. Ela tem capacidade para 20 pessoas e fica no Caminho dos Barreiros. A Praça 22 de Janeiro vai ganhar um Centro de Convivência da Melhor Idade (CECON). Na Saúde, entregamos para o Estado o prédio pronto do Ame Mais. A previsão é de que ele comece a funcionar a partir de março, após o Estado realizar todas as adaptações necessárias e a contratação da mão de obra. Já para o primeiro trimestre, temos a previsão de entregar também a Unidade Básica de Saúde do Catarina de Moraes.
DL – O prazo para a entrega da obra de revitalização do Centro de Convenções se mantém para fevereiro?
Pedro – Sim, já soltamos a licitação e em breve teremos o vencedor para que as obras comecem. Além disso, estamos verificando o retorno da obra do Conjunto Rio Branco. Outra que tem previsão de começar ainda neste mês porque já temos a empresa vencedora é a do canal do Catarina, na Bacia do Catiapoã. Esta obra será iniciada pelo canal da Alcides de Araújo, que no fim vai ganhar pavimentação. Essas obras estavam paradas e nós só estamos conseguindo dar andamento a elas por conta da organização administrativa e financeira do município que vem nos permitindo regularizar algumas certidões como o Cadin (Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados) e CND (Certidão Negativa de Débitos).
DL – Você está otimista para 2018?
Pedro – Bastante otimista.
DL – Qual é o desafio para este ano?
Pedro - O grande desafio ainda são as dívidas. Por isso é preciso ter muito pé no chão para negociá-las e honrar com o compromisso de pagá-las mês a mês - isso sempre acaba sendo um grande desafio. Outra questão é a Saúde, a gente precisa melhorar muito. Durante este ano vamos buscar recursos para reformar algumas unidades. Já está na nossa programação de 2018 fazer a reforma do Pronto Socorro Central e do Hospital Municipal Central para que a gente possa ampliar e melhorar o atendimento. Investimos 33% do nosso orçamento na Saúde, enquanto a lei estabelece 15% no mínimo, então investimos mais do que o dobro e mesmo assim ainda temos gargalos a serem solucionados. Conseguimos também, junto ao Governo Federal, R$2,5 milhões para custeio do setor, um recurso que vem livre. A Portaria já saiu, mas a previsão é de que o recurso chegue ainda no primeiro trimestre. Está garantido.
DL – Como está a transição do novo modelo de gerenciamento das creches?
Pedro - Na última segunda-feira (15) conversamos com as APMs (Associações de Pais e Mestres) e propusemos um parcelamento da dívida da rescisão de cada um deles. Faremos da mesma forma com as creches para que a gente consiga superar esses obstáculos. 2017 foi um ano muito difícil, mas conseguimos cumprir com a nossa palavra: que respeitaríamos o funcionalismo. Estamos dando um passo de cada vez porque o orçamento é curto. Assumimos o município com uma dívida de R$1 bilhão e já colocamos em negociação metade disso. Vamos continuar negociando gradativamente, sempre com muita responsabilidade.
DL - Qual Organização vai cuidar das creches?
Pedro – A OS (Organização Social) IGV foi a vencedora para as creches. Já para as escolas, temos a OS Unisau.
DL- A pavimentação é uma grande reclamação dos munícipes da cidade. Há projetos para o setor?
Pedro - Conseguimos recursos importantes nos últimos dias de 2017 que vieram do DADE (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias), AGEM (Agência Metropolitana da Baixada Santista) e Detran, que totalizaram cerca de R$8,5 milhões para a pavimentação. Além disso, nós tínhamos um grande desafio que era reduzir o limite prudencial da cidade. A gente assumiu com quase 61% dele e fechamos o terceiro quadrimestre em 52,5%. Se a gente conseguisse 54%, poderíamos pleitear junto ao Governo do Estado o recurso do Desenvolve São Paulo que traria mais de R$10 milhões para serem investidos em asfalto. Então, já estamos dando entrada na documentação para conseguirmos trazer essa verba para cá.
DL – E há prazos para novas entregas no setor de Habitação?
Pedro - Em 2017 entregamos 1340 unidades no Primavera Penedo e Tancredo. Até fevereiro entregaremos as outras 280 unidades do Tancredo e dentro do primeiro trimestre, mais 380 unidades do Catarina de Moraes. Também buscamos, junto ao Ministério das Cidades, um recurso de R$12 milhões para novas unidades habitacionais em São Vicente. Então, temos uma perspectiva muito positiva para poder corrigir este déficit habitacional que temos no município.
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