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Cotidiano

Expectativa de vida sobe, mas ainda está entre as menores do Estado

Pesquisa aponta que as regiões tiveram uma alta na duração de vida média, mas ainda têm altas taxas de mortalidade em todas as faixas etárias

Publicado em 11/05/2016 às 10:30

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A Baixada Santista tem as maiores taxas de mortalidade do Estado entre os maiores de 40 anos por doenças no aparelho circulatório / Matheus Tagé/DL

A expectativa de vida na Baixada Santista e no Vale do Ribeira foi a que mais cresceu entre 2000 e 2014. No entanto, a duração de vida média da população ainda está entre as últimas do Estado de São Paulo. Os dados fazem parte do Radar Regional Demografia, da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).

As maiores expectativas de vida ao nascer do Estado foram observadas nas regiões de São José do Rio Preto (76,1 anos), Ribeirão Preto (76 anos), Franca (75,9 anos) e Campinas (75,9 anos); e as menores na Baixada Santista (74 anos), em Itapeva (74 anos) e no Vale do Ribeira (74,6 anos).

Em 14 anos, a expectativa na Baixada Santista subiu 4,5 anos: de 69,5 anos em 2000 para 74 anos em 2014, quando atingiu 1,7 milhão de habitantes. A duração de vida média ainda é menor em 1,4 anos à média estadual, que é de 75,4 anos.

O levantamento do Seade apontou que as razões desta diferença estão associadas às taxas de mortalidade superiores à média do Estado em todos os grupos etários (menor de um ano, de um a 14 anos, de 15 a 39 anos, 40 a 59 anos e maiores de 60), em especial a mortalidade infantil que é 33,9% superior aos índices estaduais e situa-se entres os níveis mais elevados da ­Baixada.

Na Região, a maior taxa de morte entre 2000 e 2014 está entre os maiores de 60 anos por conta de problemas no aparelho circulatório: 1.404,7 por 100 mil habitantes, o maior índice do Estado. A média estadual para esta faixa etária é de 1.174,6 mortes. A segunda maior taxa está entre os mais novos, menores de um ano, por afecções perinatais: 945,6 mortes por 100 mil habitantes. O nível estadual é de 654,3 mortes.

A faixa etária de um a 14 anos tem o menor índice de mortes, a maioria por causas externas: 9,2 por 100 mil habitantes. A média estadual é de 8,1. De 15 a 39 anos, também por causas externas, o índice é de 72,1 mortes por 100 mil habitantes – 6,9 mortes a menor do que a média estadual (65,2). Já entre 40 e 59 anos, foram 196,6 mortes por 100 mil habitantes, maior índice do Estado, também por problemas no aparelho circulatório.

Vale do Ribeira

A região teve uma alta de 4,4 anos entre 2000 e 2014 – de 70,2 anos em 2000 para 74,6 anos em 2014. A expectativa de vida é 0,8 ano menor do que a média de duração de vida do Estado.

A pesquisa mostra que a comparação entre as taxas de mortalidade regional e estadual, por faixas etárias, indica níveis superiores aos do Estado em quase todos os intervalos. Além disso, o levantamento aponta que a taxa de mortalidade é 37,3% mais elevada que a média estadual e a ocorrência de mortes no grupo de 15 a 39 anos exibe maior taxa regional do Estado.

Na faixa dos menores de um ano, a taxa de mortalidade – maioria por infecções perinatais - é de 986,8 para cada 100 mil habitantes. O índice é o maior do Estado. Entre um e 14 anos, a taxa também é a mais alta: 12,5 mortes por 100 mil habitantes. Boa parte deste índice de mortalidade vem de causas externas, assim como na faixa etária de 15 a 39 anos, que chega a 91 mortes por 100 habitantes, também a maior taxa do Estado.

“As taxas de mortalidade segundo as principais causas por faixas etárias indicam o maior risco regional de afecções originadas no período perinatal, assim como os maiores riscos de morte por causas externas, que estão diretamente associados à mortalidade por acidentes de transporte, a mais elevada entre as regiões. Já as doenças do aparelho circulatório, para a população acima dos 40 anos de idade, apresentam risco menor que a média estadual”, explica o Radar Regional.

Na faixa entre 40 e 59 anos, a taxa de mortalidade é de 125,5 por cada 100 mil habitantes, 19,4 mortes a menos do que a média estadual (144,9). Já entre os maiores de 60 anos, a taxa atinge o número de 1.074,8 mortes por cada 100 mil habitantes – 99,8 mortes a menos do que o Estado, que atinge 1.174,6 ­mortes.

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