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MPF pede condenação do Exército por morte de onça em revezamento da tocha

O animal foi utilizado porque a ideia era ressaltar, por meio da figura da onça, a riqueza ambiental do Amazonas

Folhapress

Publicado em 24/08/2016 às 17:00

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MPF pede condenação do Exército por morte de onça em revezamento da tocha / Reprodução/Twitter Exército Brasileiro

O Ministério Público Federal do Amazonas entrou com uma ação civil pública na Justiça Federal para que o Exército seja condenado a pagar indenização de, pelo menos, R$ 100 mil e R$ 1 milhão por danos morais, pela morte da onça-pintada Juma, que foi exibida durante passagem do revezamento da tocha olímpica por Manaus em junho.

O animal foi utilizado porque a ideia era ressaltar, por meio da figura da onça, a riqueza ambiental do Amazonas. A onça também é um dos símbolos da CIGS (Comando de Instrução de Guerra na Selva).

Juma morreu logo após o evento. Ao ser conduzida pelos tratadores à viatura de transporte, a onça se soltou das correntes.

Relatório do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) indica que foram disparados quatro dardos com tranquilizantes, mas apenas um atingiu o animal, injetando o anestésico. Na sequência, a onça avançou em direção aos militares possivelmente para atacá-los. Ainda de acordo com o relatório, foram efetuados dois disparos de pistola que atingiram a cabeça do animal.

O Ipaam informou ao MPF que a onça Juma foi utilizada no evento sem autorização para transporte e apresentação na cerimônia.

"Além de comover milhares de brasileiros, que se sensibilizaram com a morte da onça que havia sido exibida acorrentada para 'abrilhantar' a passagem da tocha olímpica por Manaus, o episódio foi amplamente noticiado pela imprensa estrangeira que cobriu as Olimpíadas Rio 2016, causando um enorme constrangimento internacional para o Brasil", afirmou o procurador da República Rafael Rocha, responsável pela ação.

O Ministério Público Federal do Amazonas também pede a proibição de animais silvestres em eventos públicos.

Apuração do MPF apontou que o Exército não possui licença expedida pelo órgão ambiental competente para manter animais silvestres em cativeiro no Comando Militar da Amazônia (CMA).

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