26 de Abril de 2024 • 00:13
Acidente matou 18 pessoas na Mogi-Bertioga, na última quarta-feira / Corpo de Bombeiros
Tensão, poucos diálogos, risos nervosos e um único assunto: a tragédia. Foi assim a primeira viagem de estudantes na subida da serra do Mar, de São Sebastião (litoral norte) até as faculdades de Mogi das Cruzes (Grande SP), hoje à tarde, após o acidente que matou 18 pessoas na Mogi-Bertioga, na última quarta-feira.
O trajeto é o mesmo de todos os dias, pingando em bairros de São Sebastião antes de subir a serra. Mas algumas coisas já estão diferentes. Dois dos seis ônibus que levam os alunos foram trocados. São mais novos, confortáveis e, principalmente, "têm cinto de segurança", diz Matheus Menezes, 18 anos, aluno de engenharia civil. Todos foram orientados pelo motorista a colocar o cinto.
Os ônibus foram parados ontem em blitz feita pela Polícia Rodoviária Estadual, que verificou documentação e condições dos pneus.
Às 18h22, após o ônibus seguir viagem, uma voz corta o silêncio. "Foi aqui", aponta Diogo Garda, 29 anos, aluno de engenharia. Era o km 84, onde ocorreu o acidente. "Conhecia todos eles. Desde antes da faculdade", lembra Francisco Araújo, 20 anos.
A empresa afirmou que todos os ônibus contam "rigorosamente com os itens de segurança" e que os motoristas sempre pediram aos passageiros para usar cintos, seguindo a lei. A empresa diz ainda que todos os ônibus passam por "manutenções preventivas e corretivas", todas em dia.
Cotidiano
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Santos
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