Saiba quais são os alertas que seu corpo envia para evitar riscos graves na corrida / Freepik
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A crescente popularidade das corridas tem incentivado muitas pessoas a aderir à prática. Contudo, a empolgação sem o preparo físico adequado pode resultar em consequências gravíssimas, colocando a vida em risco.
Um jovem de 20 anos, João Gabriel Hofstatter De Lamare, morreu recentemente durante uma meia-maratona em Porto Alegre. Ele desabou no quilômetro 20 da prova de 21 km e, apesar do atendimento imediato e das tentativas de reanimação, não resistiu, falecendo devido a um mal súbito e parada cardiorrespiratória.
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Amigos próximos relataram que esta era sua primeira vez na corrida. Essa tragédia reforça a discussão sobre a necessidade de cuidados para quem pratica corrida.
É essencial que os corredores conheçam e respeitem seus próprios limites, além de identificar os sinais de alerta que o corpo emite, garantindo uma prática segura e consciente.
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Sintomas como tontura, visão turva, náuseas, calafrios, perda de coordenação, confusão mental, dor muscular exagerada, câimbras repetidas, batimentos cardíacos acelerados ou irregulares e sensação de desmaio são claros indicadores de um colapso.
Segundo o ortopedista Eduardo Vasconcelos, em entrevista ao G1, ignorar esses sinais de alerta pode ser fatal.
É fundamental diferenciar o cansaço comum da exaustão perigosa. A fadiga normal melhora com repouso e não afeta a consciência. No entanto, a exaustão extrema causa uma perda significativa de força, diminui a velocidade, baixa a pressão arterial e pode comprometer a coordenação, exigindo atenção imediata.
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Em situações mais graves, pode haver alteração da percepção, vertigem intensa e até desmaio. As causas mais frequentes incluem desidratação, hipoglicemia e queda brusca de pressão. Compreender esses sinais é vital para uma corrida segura, evitando complicações sérias e protegendo a saúde do atleta.
O Canal do YouTube Fala Lu levantou alguns problemas que podem ocorrer durante as corridas:
Forçar o corpo em um estado de exaustão pode levar a um colapso cardiovascular, desidratação grave, superaquecimento, arritmias, perda de consciência e, em casos extremos, até morte súbita. Além disso, há o perigo de rabdomiólise (destruição muscular), que pode causar falência renal, hipoglicemia e hiponatremia.
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A longo prazo, o esforço excessivo e contínuo pode gerar lesões por sobrecarga, fadiga crônica, problemas hormonais, danos cardíacos, distúrbios do sono e uma sobrecarga mental significativa. Portanto, a moderação e o acompanhamento médico são indispensáveis para corredores de todos os níveis.
Pessoas com cardiopatias, arritmias, diabetes, hipotireoidismo, anemia e aquelas que tomam certos medicamentos apresentam maior vulnerabilidade a esses riscos. A predisposição genética e o tipo de fibra muscular também podem influenciar na resposta do corpo ao esforço.
Por isso, médicos recomendam exames como eletrocardiograma, teste ergométrico, ecocardiograma, hemograma, avaliação hormonal e ergoespirometria antes de treinos e competições intensas para garantir a segurança.
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Se presenciar um colapso durante a corrida, pare imediatamente a atividade, deite a pessoa com as pernas elevadas e promova o resfriamento. Ofereça líquidos se ela estiver consciente e chame o socorro médico rapidamente.
Se houver perda de consciência ou ausência de respiração, inicie a reanimação cardiopulmonar (RCP) sem demora e continue o procedimento até a chegada da equipe médica especializada. Ações rápidas e precisas são cruciais para aumentar as chances de recuperação e minimizar os possíveis danos.
A hidratação é vital para a prevenção: beber líquidos e eletrólitos antes e durante a atividade é essencial para evitar câimbras, quedas de pressão e colapsos.
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Atletas devem respeitar seus limites, treinar de forma progressiva, manter sono e alimentação adequados, e fazer check-ups regulares. Organizadores de provas precisam garantir hidratação, suporte médico e monitoramento do clima.