Para otimizar o desempenho mental, não esqueça do sono, da redução do estresse e do estímulo cognitivo constante / Freepik
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Assim como os ossos precisam de cálcio e os músculos de treino, o cérebro também exige cuidados para manter seu bom desempenho. Mas, afinal, o que é possível fazer para deixá-lo em forma?
A chamada saúde cerebral envolve a capacidade do cérebro de executar suas funções ao longo da vida: aprender, sentir, reagir, controlar emoções e coordenar movimentos.
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Diversas pesquisas comprovam que certos hábitos realmente ajudam a aprimorar o funcionamento da mente. O tema foi discutido durante o congresso Brain (Cérebro, Comportamento e Emoções), realizado em Fortaleza, no Ceará.
A seguir, confira seis hábitos indicados por especialistas para deixar o cérebro mais rápido e saudável:
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Não existe pílula milagrosa para potencializar o cérebro, é a alimentação equilibrada que cumpre esse papel, explica o neurocirurgião e neurocientista Fernando Gomes, professor da Faculdade de Medicina da USP.
“Alimentos ricos em ácidos graxos ômega-3, antioxidantes e vitaminas contribuem para a saúde cerebral. O consumo de peixes gordurosos, nozes, frutas e vegetais está associado a um menor risco de declínio cognitivo“, afirmou durante o congresso Brain.
Verduras escuras, como couve e espinafre, além do brócolis, ajudam a proteger a memória e o raciocínio. Peixes como salmão, bacalhau e atum light em lata devem ser consumidos, quando possível, duas vezes por semana.
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As frutas vermelhas também são grandes aliadas: ricas em flavonoides, elas auxiliam na memória e na concentração.
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“A prática regular de exercícios físicos está diretamente relacionada à melhoria da função cognitiva. O exercício aumenta a formação de novas células nervosas, um fenômeno chamado neurogênese", afirmou Fernando.
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Além de beneficiar o corpo, o movimento estimula a liberação de proteínas importantes para os neurônios, conhecidas como fatores neurotróficos. Ou seja, exercitar-se é também uma forma de ativar o cérebro.
Estudos apontam que a prática física ajuda no controle da dor, melhora o humor, alivia a ansiedade e contribui para noites de sono mais reparadoras. Mas, para sentir os resultados, é fundamental manter uma rotina constante.
“O sono é crucial para o funcionamento cerebral. Durante o sono, o cérebro processa informações e se recupera. Estudos sugerem que a privação do sono afeta negativamente a memória, a atenção e a capacidade de aprendizado”, explica o neurocientista.
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Dormir bem é essencial não apenas para descansar, mas também para restaurar o equilíbrio do organismo, reduzir o estresse e garantir o pleno funcionamento das funções cognitivas.
Quando o corpo é exposto a situações estressantes, há a liberação de hormônios como adrenalina e cortisol. Em excesso, essas substâncias comprometem a memória, a concentração e o controle das emoções.
O estresse constante afeta diretamente o cérebro, aumenta a pressão arterial e prejudica o sono, o que, por sua vez, interfere no equilíbrio mental. Além da fadiga e da irritação, o acúmulo de toxinas no cérebro é outro risco das noites mal dormidas.
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Estimular o cérebro com desafios é uma das melhores formas de mantê-lo em plena forma. Palavras cruzadas, quebra-cabeças, jogos de lógica e o aprendizado de novas habilidades são excelentes para isso.
“Estudos indicam que o engajamento em atividades cognitivamente desafiadoras está associado a um retardamento do declínio cognitivo”, destaca Fernando.
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O convívio social é outro fator importante para o bom funcionamento do cérebro, mas é preciso buscar relações verdadeiras e enriquecedoras.
“Interações estimulantes e relações saudáveis estão associadas a um melhor desempenho cognitivo e a menor incidência de doenças neurodegenerativas”, reforça Gomes.
No fim das contas, o segredo para um cérebro mais rápido e saudável está em equilibrar diferentes pilares: boa alimentação, atividade física, sono adequado, controle do estresse, estímulos mentais e boas relações sociais.
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“A implementação dessas práticas pode não apenas melhorar a função cognitiva, mas também proteger contra o declínio cognitivo ao longo do tempo. Consultar profissionais de saúde para orientações personalizadas também é uma boa prática”, conclui o especialista.