Saúde

Como o Zolpidem se tornou uma grande febre e acendeu alerta nas entidades de saúde

O limite entre o uso terapêutico e os riscos irreversíveis à saúde mental

Nathalia Alves

Publicado em 15/09/2025 às 17:05

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Como o Zolpidem se tornou uma grande febre? / Divulgação/Instagram

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Recentemente, veio à tona que o cantor e produtor de K-pop Psy está sendo investigado por porte de medicamentos sem prescrição médica. Entre os remédios encontrados estava o Zolpidem, um sedativo-hipnótico indicado para casos de insônia. O uso desse fármaco, tanto no exterior quanto no Brasil, se transformou em um fenômeno preocupante.

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Nos últimos anos, os casos de consumo do Zolpidem sem receita cresceram de forma alarmante, o que acendeu o alerta de entidades de saúde. Diante da repercussão, a Anvisa reforçou as exigências para prescrição e restringiu ainda mais a utilização do medicamento.

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A febre do Zolpidem

Segundo pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), realizada em 2023, cerca de 72% dos brasileiros sofrem com distúrbios do sono, entre eles a insônia. A busca por uma solução rápida levou muitas pessoas a recorrerem a medicamentos, mas o uso indiscriminado pode provocar o efeito contrário.

Antes de ser classificado como tarja preta, o Zolpidem foi vendido como uma solução eficaz para noites maldormidas. No entanto, logo surgiram relatos de dependência e efeitos colaterais graves. Sua fácil comercialização chegou a impulsionar a venda de milhões de doses em apenas um mês.

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No Brasil, celebridades como Rico Melquiades, Fernando Zor (da dupla Fernando & Sorocaba) e Deolane Bezerra já admitiram usar o remédio para lidar com crises de insônia.

Os riscos do Zolpidem

Entre os efeitos colaterais mais comuns estão sonambulismo, alucinações e amnésia – caracterizada por “apagões” em que o usuário continua interagindo com o mundo, mas depois não se lembra de nada.

Um estudo publicado na revista Cell, nos Estados Unidos, apontou que o uso do Zolpidem pode prejudicar o sistema glinfático – responsável por eliminar resíduos tóxicos do cérebro, como as proteínas amiloide e tau, associadas a doenças neurodegenerativas como o Alzheimer. Em testes com camundongos, os pesquisadores observaram que o medicamento suprime esse processo natural de limpeza, aumentando potencialmente o risco de demência.

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O alerta reforça a importância de priorizar hábitos saudáveis para melhorar o sono e de evitar a dependência de soluções medicamentosas sem acompanhamento profissional.

O doutor Drauzio Varella explica em vídeo o que são os remédios para dormir e os perigos do uso indevido, confira! 

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