Estudar dois idiomas simultaneamente ajuda na saúde cognitiva / Freepik
Continua depois da publicidade
Embora possa parecer complexo, estudar dois idiomas simultaneamente desencadeia um processo extremamente benéfico para o cérebro.
Esse tipo de aprendizado funciona como um estímulo que promove alterações estruturais e funcionais capazes de aprimorar não só a linguagem, mas também o raciocínio, a memória e a atenção.
Continua depois da publicidade
De acordo com especialistas, é como se o cérebro fosse submetido a um treino de alta intensidade: ele se adapta, reforça conexões e desenvolve novas habilidades, tornando-se mais preparado para lidar com diferentes situações do dia a dia.
Durante o bilinguismo simultâneo, áreas como o giro frontal inferior, o lobo temporal e o hipocampo apresentam maior densidade de substância cinzenta. Essas regiões são fundamentais para consolidar memórias, formar frases com precisão e compreender a estrutura de cada idioma.
Continua depois da publicidade
Essa expansão aumenta a capacidade do cérebro de armazenar e acessar informações com agilidade, resultando em comunicação mais fluente e pensamento linguístico mais refinado.
O canal da BBC Brasil no YouTube mostrou como o cérebro muda quando falamos outros idiomas:
A substância branca, responsável por transmitir informações entre as áreas cerebrais, também passa por ajustes. O fascículo arqueado, que liga regiões de compreensão e produção da fala, torna-se mais eficiente, otimizando a troca de dados.
Continua depois da publicidade
Esse aprimoramento garante que o cérebro processe a linguagem de maneira mais rápida e integrada, beneficiando tanto o aprendizado quanto a clareza na expressão oral e escrita.
Veja também: estudo faz mais um alerta sobre o efeito do álcool na saúde do cérebro.
Alternar entre dois idiomas exige que o cérebro ative o sistema linguístico desejado enquanto inibe o outro, o que fortalece o controle inibitório. Essa habilidade é crucial para evitar interferências e manter a fluidez.
Continua depois da publicidade
Com isso, regiões ligadas à gestão de tarefas e ao planejamento mental se tornam mais ativas, melhorando a capacidade de pensar de forma flexível e executar múltiplas funções com precisão.
Aprender duas línguas desde cedo favorece uma aquisição mais natural e sem esforço excessivo, graças à adaptabilidade cerebral nessa fase. Mas mesmo em outras idades, esse hábito contribui para criar reservas cognitivas que protegem o cérebro de doenças.
Esse reforço neural ajuda a adiar sintomas de declínio cognitivo, preservando a autonomia e a clareza de pensamento por mais tempo, mesmo em estágios avançados da vida.
Continua depois da publicidade
Veja também: os cinco segredos que deixam seu cérebro mais forte segundo a neurociência.