Cultura

'O Tempo e o Vento, um épico, totalmente épico'

Com essa declaração, o diretor Jaime Monjardim apresenta o longa nacional com foco no mercado internacional, durante entrevista coletiva

Agência Brasil

Publicado em 12/09/2013 às 14:59

Atualizado em 19/04/2021 às 15:20

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Um dos filmes brasileiros mais esperados do ano, o épico “O Tempo e o Vento” estreia no próximo dia 27 de setembro. O diretor Jaime Monjardim leva para o cinema a adaptação da obra “O Continente”, de Érico Veríssimo.  

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O filme é uma produção de Rita Buzzar da Nexus Cinema e Vídeo, Panda Filmes e Globo Filmes, com distribuição da Downtown. 

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“O Tempo e o Vento” é baseado na maior obra do escritor Érico Veríssimo.  O filme conta a história da família Terra Cambará e de sua principal opositora, a família Amaral, durante 150 anos, começando nas Missões até o final do século XIX. Sob o ponto de vista da luta entre essas duas famílias, são retratadas a formação do Rio Grande do Sul, a povoação do território brasileiro e a demarcação de suas fronteiras, forjada a ferro e espada pelas lutas entre as coroas portuguesa e espanhola. 

De acordo com as informações do site oficial do longa, www.otempoeoventoofilme.com,  “além de ser uma notável história épica, plena de heróis como Capitão Rodrigo e o índio castelhano Pedro Missioneiro, ‘O Tempo e o Vento’ é uma profunda discussão sobre o significado da existência, da resistência humana diante das guerras. Por isso, para a adaptação cinematográfica, tomamos como estrutura o olhar feminino da quase centenária Bibiana Terra Cambará. Em meio ao cerco do casarão de sua família pelos Amarais, ela se valerá de sua memória, sempre deflagrada em noites de vento, para lembrar e contar sua história e as de seus antepassados. E, assim, resistir ao tempo e protestar contra a morte”.

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No cinema, Bibiana será vivida por ninguém menos do que Fernanda Montenegro. A atriz, segundo o diretor Jaime Monjardim, era a condição para a realização do épico.

Durante entrevista coletiva promovida na última quarta-feira, dia 11, Monjardim declarou à imprensa: ““eu pensei que este filme tinha que ter uma visão feminina, não queria uma visão masculina. Queria fazer o filme através do olhar da Bibiana pelo seu grande amor. Eu disse:  ‘se eu não tiver a Fernandona, não faço o filme”.

O papel de Bibiana jovem foi dado à Marjorie Estiano. Grande amor de Bibiana, o Capitão Rodrigo será vivido pelo ator Thiago Lacerda. Ainda no elenco, Cléo Pires, Paulo Goulart, Cesar Trancoso, Susana Pires e Vanessa Lóes.  

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Segundo Monjardim, “O Tempo e o Vento” é o resultado de “sete anos de muita batalha”. A produção custou R$ 13 milhões, de acordo com a produtora Rita Buzzar.

“Foram 27 adaptações de roteiro. Acho que tinha que ter uma poesia, uma emoção”, disse Monjardim.  “Uma coisa é você fazer um filme de produção mais simples, de papo cabeça... A intenção deste filme é bem diferente, tentei fazer com uma linguagem bem popular, não consigo abrir mão disso”, complementou o diretor que foi bastante elogiado com Olga, lançado em 2004. O obra foi inspirada na biografia escrita por Fernando Morais sobre a alemã, judia e comunista Olga Benário Prestes, mulher de Luís Carlos Prestes.

Durante a coletiva Monjardim previne o público afirmando que “O Tempo e o Vento” é um filme para o mundo. “Em primeiro lugar, a gente tem de fazer um filme para mundo, e não para o Rio Grande do Sul”, explicando que, por exemplo, o sotaque gaúcho foi atenuado no filme e a inclusão de músicas em inglês no desfecho. “Sinto que a gente vai ter uma carreira internacional para o filme”, justificou. Para o diretor, “‘O Tempo e o Vento’ é um épico, totalmente épico”.

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Já a produtora Rita Buzzar classifica “O Tempo e Vento” como alternativa às comédias que têm se destacado nos cinemas brasileiros. Diz achar que produções do gênero estão “cumprindo um papel importantíssimo, mas gostaria de, com um drama, quebrar esse muro e chegar ao público brasileiro”.

De mãe para filha

A personagem Ana Terra que ganhou vida com Glória Pires na versão para a televisão de “O Tempo o Vento”, em 1985, agora será vivida por Cléo Pires. Filha de Glória, Cléo chegou a recusar o convite. 

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A atriz disse que teve que superar “um trauma emocional” antes de aceitar o papel de Ana Terra, feito por sua mãe. “Mas é que tenho uma coisa muito protetora com a minha mãe”, justificou. “Eu era muito pequena e assisti àquilo, não conseguia separar minha mãe da Ana Terra. Realmente fiquei com pavor quando o Jayme me convidou. A primeira coisa que falei foi ‘Não’.”

Monjardim disse que passou oito meses tentando convencer Cleo a aceitar o convite. “Ela não ia fazer, porque sentia que a mãe já tinha feito”, lembrou o cineasta.

Monjardim afirmou: “ela diz que não foi por isso, mas acho que foi um pouco. Depois da Fernanda, a Cleo foi a pessoa mais difícil para fazer o filme”, confessou.

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