Cultura

Centro de Memória Viva “Casa do pai Bobó”começa a sair do papel

O objetivo é mostrar a trajetória de José Bispo dos Santos e a difusão do Candomblé na região sudeste

Publicado em 18/12/2014 às 15:06

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Guarujá iniciou o projeto de montagem do Centro de Memória Viva “Casa do Pai Bobó” no início do mês. A ação conta com o apoio da Prefeitura de Guarujá, por meio da Secretaria de Cultura, e tem o objetivo de mostrar a trajetória de José Bispo dos Santos e a difusão do Candomblé na região sudeste.

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No primeiro mês será feito o mapeamento de fontes históricas que constituirão o acervo, levantamento bibliográfico e estudo do espaço físico, onde funcionará a Casa do Pai Bobó. Já no segundo mês será feita a análise das fontes disponíveis, como depoimentos, entrevistas, documentos, fotografias, ilustrações e vídeos.

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Em seguida, haverá a definição dos equipamentos e plataformas de acesso para consulta pública, e recomendação de adequação do espaço de funcionamento. Após todo esse processo o texto do projeto será elaborado, com todos os detalhes do Centro de Memória Viva “Casa do Pai Bobó”.

Segundo o historiador responsável pelas pesquisas, Ricardo Ramos Rugai, a Casa do pai Bobó ajudará a difundir o pensamento de muitas pessoas quando o assunto é o Candomblé. “De uma forma mais ampla o projeto pretende valorizar a diversidade contribuindo para o respeito a todas as expressões de religiosidade e combatendo preconceitos que se criam com a ignorância sobre a relevância da cultura e das religiões de matriz africana na formação da identidade brasileira”, disse Rugai.

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Para o secretário de cultura de Guarujá, Odair Dias filho, o papel do poder publico é de reconhecer e fomentar o fortalecimento de segmentos que consolidam a identidade de Guarujá. “Uma cidade que em seu passado foi rota do trafico de escravos tem uma reparação histórica a fazer, além do combate ao racismo e a intolerância religiosa”.

Pai Bobó – Bahiano da cidade de Salvador, José Bispo dos Santos, mais conhecido como Pai Bobó, nasceu no ano de 1914 e durante toda sua vida lutou pela expansão de sua religião, o Candomblé, até o ano de sua morte, 1993, em São Paulo.

No final da década de 50, em Guarujá, fundou o Ilê Oyá Mesan Orun. O local, que no idioma iorubá, quer dizer Casa de Iansã, é um tradicional e importante terreiro de Candomblé e funciona até os dias de hoje, sobre os cuidados do Ogã Luis Carlos da Costa.

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