MÚSICA

Cantora, médica e professora,Marta Maria vive auge da carreira artística

Dona do single 'Eu tô entrando, ta?' explica como concilia os diferentes caminhos que levou em sua vida

Ana Clara Durazzo

Publicado em 03/02/2024 às 07:31

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Marta Maria explica como concilia os diferentes caminhos de sua vida / Nair Bueno/DL

“Todo mundo falava que eu tinha que unir a medicina e a música, e eu falava, não tem como, não fazia sentido, daí quando eu lancei meu disco, que eu fui entendendo que dá, porque eu sou as duas coisas”. É assim que Marta Maria, cantora, médica e professora universitária descreve a união de suas duas paixões em sua vida. Em entrevista realizada na última sexta ao Diário do Litoral, a artista explicou a rotina e os desafios da sua rotina.

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Nascida em uma família somente de médicos, a vida de Marta encontrou a música logo cedo. Aos 7 anos, ela começou em uma escola de música, onde aprendeu a tocar flauta e piano, porém aos 12 anos se apaixonou pelo violão. Na adolescência, se tornou roqueira, chegando até a construir a própria guitarra.

Na época de ingressar na faculdade, Marta prestou para medicina e para design gráfico, e depois, medicina e publicidade. Estudou publicidade por um mês, mas não se acostumou com a rotina e com o ambiente, e decidiu trancar o curso. No fim, prestou novamente medicina e entrou na Faculdade da Santa Casa de São Paulo.

Durante uma especialização em videolaparoscopia na França, Marta ficou uma semana hospedada na casa de sua amiga, que fica na frente de um campo de girassóis. Um dia, ela foi até o campo, começou a tocar seu violão e escreveu uma música. Quando voltou para o Brasil, se apaixonou e escreveu outra música, depois escreveu outra para o filho de seu amigo.

“Quando eu terminei uma tese de doutorado, eu comecei a me questionar por que eu cheguei até aqui. Enquanto eu questionava a medicina, me apaixonei e aí eu comecei a compor uma música atrás da outra. Só que daí veio uma sensação diferente, porque eu compunha quando eu era mais nova, só que dessa vez eu queria que as pessoas ouvissem”. Foi com essa sensação que Marta aceitou o convite de um amigo, da época do colégio, de ir tocar em um bar na noite de músicas autorais.

Apesar da vergonha e da crise interna, ela começou a tocar nesse bar toda semana, e explica que com o tempo foi ganhando desenvoltura e aprendendo a se soltar. Quando surgiu a ideia de começar a produzir suas músicas, a pandemia veio, e, com isso, a oportunidade e o tempo para compor e produzir da própria casa. Nessa mesma época, começou a trocar ideias com um produtor e foi na pandemia que a música ‘Eu tô entrando, ta?’ teve sua primeira versão.

“É engraçado  você se vê num mundo completamente diferente, porque de repente eu conhecia tudo, tudo estava muito certo, ser médica, quanto que eu vou ganhar no final do mês, como as pessoas me veem”. Marta comenta que a quarentena facilitou sua rotina, visto que o seu consultório e seu trabalho de professora ficaram online, possibilitando que ela trabalhasse em suas músicas. A artista espera um dia poder trabalhar com a medicina como hobby, porque apesar de ser boa tanto em dar aulas quanto em operar, ela não gosta da parte burocrática que envolve as funções.

Marta diz que reconhece muito do seu processo artístico, queria realizar um sonho quando começou a gravar seu álbum, mas que sempre queria mais, mais uma música, mais um álbum. Ela afirma que a sensação de entrar em um lugar desconhecido é engrandecedora e que foi um processo de cura e de autoconhecimento.

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