08 de Maio de 2024 • 01:07
Apenas R$ 2 no vale-refeição dos 4 mil empregados da empresa Piracicabana podem resultar na paralisação do transporte coletivo de Santos e região, a partir de 16 de junho.
Em assembleia na noite desta sexta-feira (6), o sindicato dos trabalhadores em transportes rodoviários decretou ‘estado de greve’. A categoria terá nova assembleia na sexta-feira (13).
Com data-base em maio, o pessoal reivindica vale-refeição de R$ 16, mas a empresa oferece R$ 14. O reajuste de 8% nos salários e demais benefícios, oferecido pela companhia, os trabalhadores aceitam.
Pouco antes da assembleia, o presidente e o vice do sindicato, Valdir de Souza Pestana e José Alberto Torres Simões ‘Betinho’, estiveram com o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).
Acompanhados por parte da comissão de trabalhadores eleita na primeira assembleia da campanha salarial, em fevereiro, eles pediram apoio do prefeito à reivindicação.
“Quero deixar bem claro que não fomos lá propor aumento de tarifa, como muitos podem pensar”, esclarece Pestana. “Fomos apenas solicitar apoio político”.
Paulo Alexandre garantiu aos sindicalistas que conversará com dirigentes da empresa, na terça-feira (10), após voltar de viagem a Brasília, na segunda-feira (9).
O vice-presidente ‘Betinho’ ressalta não se tratar de “movimentação oportunista pela copa do mundo, mas sim de data-base para renovação de acordo coletivo de trabalho anual”.
Na terça-feira (10), o sindicato publicará edital na imprensa, convocando a assembleia de sexta-feira (13), com base na lei de greve (7783-1989), prevendo a paralisação a partir da segunda-feira seguinte (16).
O sindicalista explica que a tramitação do processo com base na lei de greve deve-se ao fato da categoria de transporte coletivo ser considerada essencial ao público
A empresa opera com 410 ônibus intermunicipais, 300 municipais em Santos, 75 em Praia Grande e 36 em linhas que servem a área continental de São Vicente e Cubatão.
O total de 810 veículos, contados aí os de reserva especiais, transportam 250 mil passageiros por dia ou 7 milhões e 500 mil mensais, segundo apurou o sindicato junto à empresa.
Dos 4 mil empregado, 1.700 são motoristas e os demais ficam divididos entre pessoal administrativo, de manutenção, operacional e vendedores de bilhetes.
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