X

Sindical e Previdência

Justiça manda Caixa repor perdas do FGTS

Batalha judicial tem primeiras decisões favoráveis. Saiba como proceder para entrar com ação. Cerca de 30 mil processos aguardam julgamento

Publicado em 27/01/2014 às 11:02

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

A batalha judicial pela recomposição das perdas no FGTS movida por trabalhadores contra a Caixa e Governo Federal já tem as primeiras sentenças favoráveis. Quatro decisões de tribunais federais foram favoráveis aos trabalhadores, e publicadas na semana passada.

Elas concedem a recomposição das perdas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em relação à inflação podem ser estendidas nos julgamentos de quase 30 mil ações, com o mesmo objetivo, que aguardam decisões da Justiça.

Desde 1999, a atual fórmula de remuneração do FGTS, pela Taxa Referencial (TR) mais juros de 3% ao ano, não contempla o aumento do custo de vida no país, com exceção de 2005 e 2006. Nas quatro decisões, os juízes mandaram a Caixa aplicar índices de inflação para corrigir os saldos, o que abre precedentes para outros processos do gênero, mas é sempre bom lembrar, que a decisão final caberá ao Supremo Tribunal Federal(STF), que ainda, não tem data para se posicionar a respeito.

Na última quinta-feira, o juiz federal Márcio José de Aguiar Barbosa, da 1ª Vara da Subseção Judiciária de Pouso Alegre (MG), condenou a Caixa Econômica Federal a recalcular a correção do FGTS, substituindo a atual fórmula pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

 Assembleia da Força Sindical que denunciou rombo nas contas do FGTS ocorreu em maio (Foto: Divulgação/Força Sindical)

Na semana anterior, Diego Viegas Veras, da 2ª Vara Cível de Foz do Iguaçu (PR), decidiu, em três processos, que o banco deve trocar a TR pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-Especial (IPCA-E).

Em nota, a Caixa afirmou que “recorrerá de qualquer decisão contrária ao Fundo de Garantia”.

A Força Sindical deu a largada na batalha judicial, sendo seguida pelas demais centrais sindicais e seus sindicatos filiados. A ação na Justiça cobrando a diferença da correção monetária que não está sendo aplicada desde 1999 às contas do FGTS. As perdas chegam a 88,3%, o que segundo a Força Sindical, é um verdadeiro crime econômico contra a classe trabalhadora.

A direção da central sindical diz em nota :” precisamos de muita luta e mobilização para recuperar essas perdas.

A denúncia sobre a correção errada foi feita pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente licenciado da Força Sindical.Ele anunciou este “rombo” em assembleia com mais de 15 mil metalúrgicos, no dia 25 de maio de 2013, em São Paulo. “O roubo nas contas do FGTS nos últimos 14 anos chega a bilhões de reais. “É o maior assalto da história do Brasil”, disse o sindicalista e parlamentar.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

São Vicente

Criminosos invadem casa e rendem casal em São Vicente; VEJA

Caso aconteceu no bairro Parque Continental

Coluna

Itanhaém prevê expansão econômica e outros assuntos

Congelamento da tarifa dos ônibus chegou ao público um pouco antes da hora

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter