X

Saúde

Conheça as 8 pandemias mais mortais de todos os tempos

A pandemia atual da Covid-19 não está entre as primeiras grandes mazelas da humanidade; doenças em tempos de saneamento precário chegaram a causar 1 bilhão de mortes

Luana Fernandes

Publicado em 23/07/2022 às 10:00

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

O final da primeira guerra mundial gerou grandes pandemias / Divulgação/Wikipedia

Estamos vivendo os tempos mais brandos de uma pandemia que matou mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo. Olhando os números da Covid-19 qualquer um se assusta, mas o vírus atual está longe de ser o mais letal da história da humanidade. O mundo já viveu grandes pandemias, chegando a vitimar 1 bilhão de pessoas.

Confira abaixo as 8 pandemias mais mortais de todos os tempos e entenda como cada uma delas marcaram a história do mundo em que vivemos. Seguindo a ordem, vamos começar pelas que tiveram menos vítimas até a mais letal delas.

Cólera

O maior surto de cólera, uma doença infecciosa bacteriana (vibrião colérico), ocorreu no século XIX, entre 1817 e 1824. Na época, cerca de 30 mil pessoas foram vitimadas pela enfermidade.

A falta de saneamento básico é o maior propagador da doença, que é gerada pela água e alimentos contaminados pela bactéria. A diarreia - principal sintoma da doença - leva a pessoa a uma grande desidratação.

A cólera ainda atinge muitas pessoas pelo mundo, principalmente em países subdesenvolvidos com saneamento precário.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Tifo

A pandemia de Tifo durou cerca de 5 anos, logo após a Primeira Guerra Mundial (entre 1918 e 1922). Cerca de 3 milhões de indivíduos foram atingidos pela bactéria chamada Rickettsia Prowazekii, com sintomas parecidos com o da gripe, mas com a presença de erupções cutâneas.

A transmissão acontece por piolhos contaminados encontrados em ratos. Por isso, a doença está muito relacionada a peste negra, que também se espalhou por conta dos piolhos que picavam ratos e se infectavam. Assim, fica claro que a doença se espalhou em tempos de saneamento precário.

Covid-19

O vírus SARS-COV-2 matou mais de 5 milhões de pessoas de março de 2020 até os dias atuais. A doença foi identificada no final de 2019 na China, mais precisamente na cidade de Wuhan, e avançou rapidamente para outros países. A sigla SARS significa Síndrome Respiratória Aguda Grave.

As cepas mais graves da doença ataca diretamente os pulmões, levando os doentes a um quadro de insuficiência respiratória aguda, podendo levar a morte. No início, ela tem sintomas de uma gripe normal, mas com o passar dos dias pode sofrer uma evolução para sintomas graves, principalmente em pessoas com mais de 60 anos.

AIDS

20 milhões de pessoas no mundo. Este é o número de pessoas mortas em decorrência da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida). O surto da doença aconteceu nos anos 80. A doença acomete o sistema imunológico.

A cura para o vírus HIV não foi descoberta, mas atualmente os pacientes conseguem controlar a doença com medicamentos e o fortalecimento da imunidade.

A transmissão ocorre nas relações sexuais e pelo sangue, sobretudo, pelo uso de drogas injetáveis. Grávidas com o vírus também podem transmitir para os filhos através da gestação.

Peste Negra

Parte do século XIV e a Idade Média foi marcada pela peste negra, também conhecida como peste bubônica. A doença assolou a população europeia e asiática, causando aproximadamente 25 milhões de morte. Surgiu na Mongólia e foi espalhada pelos barcos comerciais que transitavam entre os dois continentes.

A enfermidade é causada pela bactéria Yersinia Pestis, que primeiramente atingiu os ratos e depois foi transmitida para os humanos por pulgas infectadas. Os sintomas eram parecidos com uma gripe forte, porém com o inchaço dos gânglios e presença de bolhas de pus e sangue pelo corpo.

O maior problema que fez essa doença atingir grandes proporções, estava nas condições de saneamento e higiene no momento. Estima-se que na Europa, da população morreu, ou seja, cerca de 25 milhões de pessoas entre os anos de 1347 e 1353.

Gripe Espanhola

O final da primeira guerra mundial foi marcado pelo início da gripe espanhola. A pandemia durou até 1920 e vitimou entre 20 e 40 milhões de pessoas. A doença recebeu este nome pois a Espanha foi o primeiro país a comunicar a doença nos jornais.

Influenza é o nome atribuído ao vírus dessa doença que infectou cerca de 500 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, o presidente do país na altura, Rodrigues Alves, chegou a falecer. Note que, uma variação desse mesmo vírus, conhecido como H1N1, voltou a atingir a população em 2009.

Varíola

O vírus Orthopoxvirus Variolae causou o primeiro grande surto em 430 a.C., vitimando aproximadamente 300 milhões de pessoas aproximadamente. Os sintomas também parecem os de uma gripe normal, com febre e dores no corpo, acrescidos de vômitos e úlceras cutâneas.

Vários surtos de varíola aconteceram na história da humanidade, sendo que o primeiro deles ocorreu em 430 a.C. na Grécia. Estima-se que naquele momento da população grega morreu. Mais tarde, foi a vez dos romanos e com as grandes navegações no século XV, a doença chegou na América. Foi somente no século XVIII que a doença começa a ser controlada com a criação da vacina contra a varíola por Edward Jenner. No século XX, mais precisamente na década de 80, quando ela matou mais de 300 milhões de pessoas, essa doença foi considerada erradicada do planeta.

Tuberculose

De 1850 a 1950, a bactéria Bacilo de Koch causou a morte de 1 bilhão de pessoas. A tuberculose, que também é chamada de tísica pulmonar, afeta os pulmões causando sintomas graves de insuficiência respiratória. A doença também pode atingir outros órgãos do corpo como os ossos, a pele e os gânglios linfáticos.

Quando acometidas pela doença, as pessoas começam a ter crises de tosse aguda com sangue e pus. Até meados do século XX, a tuberculose atingiu pessoas em diversas partes do mundo e estima-se que chegou a matar cerca de 1 bilhão de indivíduos. Embora esteja controlada, ela continua presente em alguns países do mundo, sobretudo, os subdesenvolvidos.
 

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Cotidiano

Criminoso joga jovem no chão em tentativa de roubo em Guarujá; ASSISTA

Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento.

Santos

Passagem de ônibus não terá aumento em Santos, anuncia prefeito

O preço, portanto, permanecerá em R$ 5,25, valor que vigora desde fevereiro do ano passado

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter