Adrie Marques e Matheus Café estão prontos para os desafios que o Centro dos Estudantes irá enfrentar / Isabella Fernandes/DL
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Retomar o espaço universitário e reconstruir a rede do movimento estudantil, com os ajuda dos centros, diretórios acadêmicos e atléticas das universidades públicas e privadas.
Esses são os principais desafios apresentados pelo novo presidente do Centro dos Estudantes de Santos e Região, Matheus Café, de 19 anos. O Centro tem 91 anos e representa 40 mil universitários da Baixada Santista.
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Ao lado da diretora de Comunicação, Adrielly Marques, a Adrie Marques, Café revelou a necessidade também de reconstruir a coletividade dentro das universidades, muito enfraquecida nos últimos quatro anos pelo governo Jair Bolsonaro.
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"Acreditamos que a universidade tem que ter como linha de frente o desenvolvimento regional e nacional. Por isso, é preciso reforçar as lutas estudantis", conta.
Café lembra que é preciso redemocratizar o acesso à universidade e desenvolver políticas públicas que facilitem a vida dos estudantes, principalmente os de baixa renda, para evitar a evasão escolar.
"Hoje, a realidade é triste. Jovens desistem de estudar porque não possuem o dinheiro para o transporte, para se alimentar ou até mesmo por não ter onde deixar os filhos no período noturno", explica.
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O presidente do Centro dos Estudantes afirma que a luta será para que se conquiste o Passe Livre Estudantil não só para acesso à universidade, mas para toda a cidade.
Também o Bom Prato Estudantil nas universidades privadas, por intermédio de restaurantes populares; e a Creche Noturna, para mães que precisam trabalhar de dia e estudar à noite. "Hoje, um estudante entra na universidade e desiste porque não consegue arcar com despesas básicas", conta.
REDES.
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Adrie Marques afirma que o desafio, na sua área de atuação, é que a comunicação do Centro chegue a todos, sem distinção. E, para isso, as redes sociais serão usadas para discutir assuntos sérios, mas em uma linguagem jovem e fluente.
"Vamos levar informação para que os estudantes, principalmente, conheçam seus direitos. Tem gente que não conhece nem o direito ao passe livre e outros auxílios. Tentar preencher as lacunas existentes e buscar colaboradores", afirma, enfatizando que é necessário que as universidade privadas abram mais vagas gratuitas.
Café e Adrie reforçam a necessidade dos estudantes terem acesso à cultura de forma gratuita. Para eles, as instituições públicas e privadas deveriam se unir e promover eventos culturais gratuitos, para que todos os estudantes pudessem participar.
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"Vamos tentar levar para a universidade pública os movimentos culturais periféricos, como a poesia falada, para que haja uma integração", finaliza Café.