25 de Abril de 2024 • 16:35
A Prefeitura já iniciou algumas obras de contenção, como a flagrada ontem pela Reportagem no Morro do Pacheco / Nair Bueno/Diário do Litoral
O alerta veiculado pelo Diário do Litoral, semana passada, dando conta que os morros santistas possuem 47 pontos de deslizamento, que põem em risco dezenas de imóveis, e que a Coordenadoria Regional dos Morros se encontra com um efetivo de apenas seis funcionários, considerada uma equipe técnica insuficiente para receber a demanda da comunidade, alertou a vereadora e ex-prefeita Telma de Souza (PT).
Ela lembrou, em requerimento enviado à Prefeitura, que quando prefeita criou a Defesa Civil, o Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC) e os Núcleos Comunitários de Defesa Civil (Nudecs), que capacitavam moradores das áreas de risco para reconhecer problemas e acionar a visita dos agentes em suas moradias.
"Com a proximidade do período de chuvas, e a realização de obras de contenção de encostas ainda em ritmo desacelerado, nossa preocupação é grande porque não queremos ver, novamente, o cenário do início do ano nos morros de Santos, que resultou em oito mortes e centenas de pessoas desabrigadas".
Nesse sentido, Telma quer saber quais e quantas obras e intervenções foram feitas, quantas ainda estão em conclusão, em quais pontos e onde são os 47 pontos apontados pela reportagem.
"Os moradores do entorno têm ciência do risco? A Defesa Civil tem monitorado essas áreas com qual frequência? Qual o número de famílias desabrigadas inseridas nos programas habitacionais? Quantos já estão em suas novas residências? Qual o valor investido pela Prefeitura nas intervenções? Quais os valores das contrapartidas dos Governos Estadual e Federal?".
Moradores informam que são ignorados. O advogado Maurício Baltazar de Lima, que obteve a informação dos 47 pontos, está ingressando com ações de obrigação de fazer a pedido dos moradores de vários morros.
PREFEITURA.
A Defesa Civil informa que todas as áreas de alto risco de deslizamento de terra causado pela chuva de março já foram vistoriadas e desocupadas. Nos últimos nove meses, mais de 470 residências nestes pontos foram interditadas e os respectivos moradores foram retirados dos locais.
A Prefeitura afirma, pela Regional dos Morros, que o atendimento nunca foi interrompido, que as demandas continuam sendo atendidas, e que as obras indicadas pela Defesa Civil seguem em andamento com equipes da Administração e de empresas terceirizadas.
Santos
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