Santos

Inscrições para caminhada do Março Amarelo, estão abertas em Santos

A Campanha Março Amarelo é realizada em várias partes do mundo. No mesmo momento da caminhada de Santos, mais de 70 países realizarão a sua mobilização

Da Reportagem

Publicado em 14/03/2024 às 22:26

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Desde 2019, Santos mantém atendimentos especializados na atenção à mulher com endometriose. A porta de entrada é a policlínica de referência do local de moradia / Divulgação/PMS

Prevista para ser realizada no próximo sábado (23), a EndoCaminhada Santos 2024 faz parte da Campanha Março Amarelo, sobre a conscientização da endometriose, doença que atinge várias mulheres, que ainda obtém um diagnóstico tardio. A concentração será às 9h na Praça Luiz La Scalla (Aquário Municipal de Santos). O percurso será ao redor da Praça, com acompanhamento de carro de som.

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O evento, capitaneado pela associação Endomulheres, com apoio da Prefeitura de Santos, é gratuito e aberto a qualquer interessado em apoiar a causa, que tem como objetivo divulgar a doença e alertar para a importância do diagnóstico precoce. Quem tiver interesse na camiseta oficial da campanha, pode se inscrever aqui.

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O artigo, em número limitado, será distribuído durante a concentração da caminhada. Aos participantes pede-se o uso de roupa e adereços na cor amarela.

“O diagnóstico tardio da endometriose, que geralmente é feito de 7 a 10 anos após o início dos sintomas, é por falta de conhecimento da doença. Não se trata de uma doença maligna, mas pode levar à perda total ou imparcial de órgãos, além das dores intensas e incapacitantes, que já levaram muitas a perderem seus empregos”, destaca Flávia Marcelino, presidente da EndoMulheres.

EVENTO MUNDIAL
A Campanha Março Amarelo é realizada em várias partes do mundo. No mesmo momento da caminhada de Santos, mais de 70 países realizarão a sua mobilização.

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“O diagnóstico da endometriose ainda é difícil e complexo. Em todo Brasil há muitas mulheres que sofrem com a doença e não sabem, sendo prejudicadas em seu convívio social e familiar. Santos é referência no tratamento em toda região e essa caminhada é muito importante para reforçar também nosso trabalho de conscientização”, afirma Renata Bravo, vice-prefeita e secretária da Mulher, Direitos Humanos e Cidadania.

TRATAMENTO NO SUS
Desde 2019, Santos mantém atendimentos especializados na atenção à mulher com endometriose. A porta de entrada é a policlínica de referência do local de moradia. Havendo a suspeita diagnóstica, a paciente é encaminhada ao Instituto da Mulher e Gestante para confirmação ou descarte da suspeita.

Em casos mais severos, há necessidade de intervenção cirúrgica, que é realizada no Complexo Hospitalar dos Estivadores (CHE) por meio de laparoscopia, técnica por vídeo menos invasiva.

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“A implantação do Centro de Referência em Endometriose no CHE foi um grande ganho para toda a região, já que atende mulheres de outras cidades da Baixada Santista, encaminhadas pelo Estado, via sistema Cross (Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde). Desde 2019, já foram realizadas 196 cirurgias de endometriose, mulheres que ganharam mais qualidade de vida”, pontua Denis Valejo, secretário de Saúde em substituição. 

A DOENÇA 
O endométrio é a camada que reveste a parede interna do útero. A endometriose é a inflamação causada por células que, em vez de serem escoadas por via vaginal durante a menstruação, passam a se implantar nas regiões pélvicas (ovários, peritônio, bexiga e intestino). De acordo com o Ministério da Saúde, 10% das mulheres em idade reprodutiva apresentam endometriose, seja em estágio mais leve ou avançado.

Os sintomas são cólicas menstruais mais frequentes, aumento do fluxo menstrual ou até infertilidade. A ultrassonografia transvaginal identifica se há focos de endometriose na pelve. No entanto, há mulheres nas quais a doença está localizada fora do útero e do ovário, havendo necessidade de exames complementares para investigação como a ressonância pélvica, que mostrará se há comprometimento dos outros órgãos.

Para casos iniciais de endometriose, o tratamento é feito com o uso de medicamentos (pílulas anticoncepcionais ou remédios específicos, a critério médico). Quando a doença está em estágio que compromete a estrutura de outros órgãos como ovários, ligamentos de sustentação do útero, bexiga ou intestino, a recomendação é cirúrgica.

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