Santos

Estado elogia Baixada, mas só confirmará fase laranja na próxima semana

Apesar de promessa inicial, Estado optou por prorrogar isolamento social mais rígido embora aponte que cidades caiçaras têm melhora substancial

LG Rodrigues

Publicado em 03/06/2020 às 14:10

Atualizado em 03/06/2020 às 16:26

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Estado aponta que Baixada Santista tem viés laranja e deverá retomar atividades econômicas em breve caso confirme índices da última semana de maio / Divulgação Governo do Estado

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O Governo do Estado de São Paulo decidiu manter a Baixada Santista na Zona Vermelha por pelo menos mais dez dias. A promessa inicial seria de confirmar as nove cidades da Região como aptas a reabrir parte do comércio já nesta quarta-feira (3), mas as autoridades da saúde decidiram adiar o prazo por mais 12 dias até que se tenha a confirmação de que os leitos de UTI da Baixada demonstram diminuição em suas taxas de ocupação com pacientes infectados pelo novo coronavírus.

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Em coletiva realizada durante esta quarta-feira (3), as principais autoridades da saúde do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo afirmaram que o momento no Estado de São Paulo demonstra uma melhora nos índices de ocupação de leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs).

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“Os resultados são positivos no Estado de São Paulo nos principais índices avaliados. A gente pode observar que nesta primeira semana de análises nós tivemos a Baixada Santista com uma melhor significativa na sua taxa de ocupação e também no número de casos e por isso possui um viés laranja já na Região”, afirmou o Secretário de Desenvolvimento Social, Marco Vinholi.

Apesar da promessa inicial de que a Baixada Santista seria confirmada como fazendo parte da fase laranja, a decisão de adiar foi divulgada como uma forma de tentar calcular de forma mais clara os números acumulados que acontecem durante os fins de semana;

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“Nós apresentamos hoje um imenso avanço que a Baixada Santista e o ABC fizeram ao longo desta semana. A Baixada já tem viés para laranja e na próxima terça-feira (9) fecharemos o número da semana comparando com dessa terça-feira de agora e na quarta-feira (10) divulgamos. Se seguir com essa tendência, é possível que sim, se fosse aferido hoje, já seguiria para a área laranja, mas vamos acompanhar até a próxima terça-feira e se consolidar isso, na quarta-feira que vem o governador João Doria apresenta esses dados e avanços da Região. Com os índices de hoje, já demonstramos um viés laranja. Se consolidar até semana que vem, no dia 15 retoma suas atividades condizentes com a fase laranja. Essa é a determinação do Centro de Contingência que nós seguimos aqui”, explica Vinholi.

O médico João Gabbardo afirma que o aumento de casos registrados não apenas na Baixada Santista, mas também em todo o Estado de São Paulo nas últimas duas semanas, entretanto, já era esperado.

“O que nós temos é uma elevação no número de casos novos devido ao aumento das testagens, então isso era um resultado esperado. Em alguns locais, hoje, e Estados, há mais pacientes e pessoas sendo diagnosticadas. Mas o importante é que a ocupação dos leitos tem reduzido e o número de óbitos também caiu na comparação às outras duas semanas. Os indicadores apontam para, que com segurança, possamos dar prosseguimento a esse processo de novo controle das atividades baseados sempre nos indicadores de transmissibilidade da doença e capacidade de atendimento nos hospitais”, explica.

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Quanto às cidades que decidiram reabrir o comércio mesmo sem receber permissão das autoridades de saúde do Estado de São Paulo, caso de São Vicente, Vinholi foi enfático ao dizer que segue mantendo contato com os prefeitos.

“Quanto a São Vicente, eu dialoguei ontem com o prefeito Pedro Gouvêa e existe uma necessidade hospitalar lá que o Governo vai apoiar e também o pedido para que ele possa, a exemplo dos outros prefeitos da Baixada Santista seguir o momento de quarentena fundamental, tendo em visto os números da Região”.

Já o governador explicou que casos de desobediência poderão ser resolvidos na Justiça.

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“Em relação aos municípios que não cumprirem as regras do plano São Paulo, eles deverão responder ao Ministério Público. É simples, nós temos regras que foram estabelecidas e construídas em conjunto com os prefeitos e com a área de saúde e econômica contendo estudos e princípios. Os que desejarem romper com estes princípios responderão na Justiça. Será uma tarefa do Ministério Público do Estado de São Paulo e eventualmente até do Tribunal de Justiça. A regra tem que ser obedecida”, finaliza Doria.

 

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