Santos
Autoridades de saúde relembram casos de contaminação em navio no Japão e estão preocupadas com chegada de embarcações à Baixada Santista
Momento é considerado inadequado pelas autoridades sanitárias que atuam no Governo do Estado / NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL
Continua depois da publicidade
O Governo do Estado de São Paulo está preocupado com o início da temporada de cruzeiros que deverá ser iniciada na Baixada Santista com a chegada das primeiras embarcações em novembro. A confirmação de que navios devem começar a chegar ao Porto de Santos veio exatamente das próprias empresas.marítimas. Ao menos quatro cruzeiros já estão com viagens acertadas e que deverão partir exatamente do cais santista.
Segundo o Coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 em São Paulo, o momento não poderia ser o menos propício, uma vez que apenas em julho, quatro meses após a pandemia do novo coronavírus ter começado a afetar o Brasil, a doença passou a ter algum controle tanto por parte das autoridades de saúde de São Paulo quando do restante do País.
Continua depois da publicidade
"Em primeiro lugar, nós já temos várias experiências internacionais com navios e a questão da covid-19, da transmissão dentro dos navios. Aquela experiência logo no início, no Japão, foi realmente uma situação bastante desastrosa até, expondo e causando mortes por conta disso. Então cruzeiros já eram uma grande preocupação da área da saúde, que já vinha trabalhando em protocolos junto com a Anvisa para ver como lida com os cruzeiros", afirma Paulo Menezes.
A cidade de Santos já se prepara para receber quatro embarcações de grande porte até o fim de 2020. São elas: Costa Fascinosa, MSC Seaview, MSC Musica e MSC Preziosa.
Continua depois da publicidade
"Tivemos anteriormente, no ano passado a situação do sarampo, chegando também em um cruzeiro e que foi muito bem controlada pelas vigilâncias de saúde do município de Santos e do Estado de forma que eu entendo que cruzeiros não eram o momento de pensar nesta possibilidade até porque os cruzeiros reúnem pessoas que vêm das mais variadas regiões e não apenas deste país, mas de outros", conclui Paulo.
Apesar disso, as autoridades não afirmaram se pretendem barrar a chegada nos navios ao cais santista de alguma maneira ou se irão adotar algum tipo de protocolo diferente daqueles vistos em anos anteriores à pandemia.