26 de Julho de 2024 • 22:24
Houve a aproximação dos técnicos, terapeutas e profissionais da GCM que vão aplicar os treinos corretos para os cachorros interagirem com as crianças e ajudarem na assistência realizada no local / Isabela Carrari/PMS
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Na tarde desta quarta-feira (28), psicólogos e coordenadores da Clínica-Escola do Autista de Santos (Marapé), receberam a visita de cães do canil da Guarda Civil Municipal (GCM), acompanhados da equipe de segurança pública, para discutir projetos futuros em prol do tratamento de pacientes.
Houve a aproximação dos técnicos, terapeutas e profissionais da GCM que vão aplicar os treinos corretos para os cachorros interagirem com as crianças e ajudarem na assistência realizada no local. Dessa forma, os psicólogos da unidade pensarão nos pacientes mais elegíveis para a prática.
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A iniciativa faz parte do projeto de Cinoterapia, ou Terapia Facilitada por Cães, atividade que usa o cão como facilitador no processo terapêutico. A prática contribui para o desenvolvimento motor, equilíbrio, fala, além de fazer com que a criança, cada vez mais, se sinta segura e possibilitada a demonstrar emoções.
Para a missão, a equipe da GCM conta com uma turma especial composta por Ozzy (border collie), Hórus (pastor belga malinois) e o carismático Luke (goldendoodle), a mascote da turma.
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O projeto-piloto começou em agosto do ano passado, no Grupo de Avaliação Diagnóstica e Intervenção (Gadi), que atende pacientes com os três níveis de transtorno do espectro autista (TEA): 1 (leve), 2 (moderado) e 3 (grave). A clínica, focada no atendimento interdisciplinar de crianças, jovens e adultos, proporciona brincadeiras e atividades para desenvolvimento da autonomia dos atendidos, juntamente aos cães.
Durante a reunião, a equipe da GCM exibiu depoimentos em vídeo de mães de pacientes de outras unidades que, com toda a emoção, falaram sobre a importância da cinoterapia na vida dos filhos em tratamento. Em um dos vídeos, inclusive, uma das mães comenta sobre a dificuldade do pequeno em escovar os próprios dentes e que, graças aos cãezinhos e profissionais, o filho finalmente está realizando a prática sozinho. Como? Pelo simples ato de escovar os dentes do Hórus durante os encontros.
“É possível enxergar a imensidão desse trabalho feito por psicólogos e unidades de saúde principalmente quando falamos do desenvolvimento das crianças atendidas. Dessa forma, colocando essa terapia em prática, visamos a melhoria da qualidade de vida delas e a interação entre os serviços da prefeitura e a comunidade”, afirma a chefe do Departamento de Direitos Humanos e Cidadania, Suzete Faustino.
Os psicólogos da unidade também puderam tirar dúvidas sobre as apresentações dos animais e como as crianças de outras clínicas eram estimuladas a interagir com eles. Para a coordenadora da Escola de Família, Luciana Macedo, a prática será bem-vinda ao tratamento dos assistidos. “É tudo em prol do paciente. O importante é que valha a pena e que a gente consiga alcançar alguns objetivos que talvez sejam mais difíceis sem o acompanhamento de um cachorro. Temos a expectativa de que as crianças respondam bem aos estímulos e demonstrem resultado. Será especial”.
A inspetora-chefe da GCM, Nizete Maurício dos Santos, acompanha o desenvolvimento dos pacientes desde o início das apresentações nas clínicas especializadas. “A gente percebe que as crianças, mesmo enfrentando algum medo de início, têm aquela sensibilidade com o cão. Nesses meses de projeto, já deu para carregar uma bagagem e sentir o quão benéfica tem sido essa terapia não só para os pacientes, mas para os profissionais, que nos apontam algumas lacunas que precisam ser melhoradas no tratamento e que podemos auxiliá-los de alguma forma”.
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Ao final da conversa e das dúvidas tiradas, os psicólogos e coordenadores receberam os cheiros e afagos dos cães e puderam presenciar técnicas de adestramento e truques que os animais aprenderam durante o tempo no canil.
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