Polícia
O coronel Rogério Silva Pedro, comandante da Polícia Militar na Baixada Santista e Vale do Ribeira, também afirma que os policiais estão abordando mais nas ruas
Força Tática voltou a operar em Santos, São Vicente, Praia Grande e Guarujá em julho do ano passado / Rodrigo Montaldi/DL
Continua depois da publicidade
Por trás da queda de 20,96% nos roubos na Baixada Santista e Vale do Ribeira de janeiro a maio deste ano estão mudanças como a volta da Força Tática nas cidades de Santos, São Vicente, Praia Grande e Guarujá e a centralização do 2º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (2º Baep) na sede do Comando do Policiamento do Interior-6 (CPI-6), na Ponta da Praia. A avaliação é do coronel Rogério Silva Pedro, comandante do CPI-6, que, em entrevista ao Diário do Litoral, também afirma que os policiais estão abordando mais nas ruas.
De janeiro a maio deste ano, foram 7.049 roubos registrados, ante 8.918 no mesmo período do ano passado. Os latrocínios (roubos seguido de morte) caíram 27,28% no mesmo modo de comparação – oito casos ante 11. Em maio deste ano, nenhum caso desta modalidade de crime foi registrado.
Continua depois da publicidade
O retorno da Força Tática, incluindo policiais em motos, e a centralização do 2º Baep ocorreram em julho do ano passado, três meses após Silva Pedro assumir o comando da PM na Baixada e Vale.
Antes das mudanças, o Baep com sede em Santos tinha companhias em Praia Grande, São Vicente e Guarujá, com corpo administrativo nestes municípios.
Continua depois da publicidade
"Nessa centralização nós ganhamos, sem aumentar o efetivo do batalhão, um corpo mais operacional. E com parte desse efetivo que foi enxugado, nós criamos pelotões de Força Tática (em Santos, São Vicente, Praia Grande e Guarujá", afirma o oficial.
Quando o 2º Baep foi criado na Baixada, em julho de 2015, a Força Tática parou de operar em Santos, São Vicente, Praia Grande e Guarujá, mas continuou nas demais cidades.
Continua depois da publicidade
Integração
O coronel também ressalta a importância das operações de 24 horas que a Polícia Civil vem desenvolvendo para cumprir mandados de prisão em série e retirar entorpecentes, armas e outros materiais ilícitos de circulação. "Isso nos auxiliar demais", declara.
Silva Pedro afirma que a integração da PM com a Polícia Civil na Baixada Santista pode ser considerada um exemplo para o país. "Quando um delegado da Polícia Civil tem um mandado de prisão e divide essa informação com a PM a chance de se prender o infrator é muito maior", diz.
Continua depois da publicidade
O coronel afirma que mensalmente se reúne com o comando da Polícia Civil na Baixada Santista e Vale do Ribeira para discutir os indicadores criminais.
O delegado Manoel Gatto Neto, diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior-6 (Deinter-6), afirma que na instituição o trabalho de combate a roubos vai desde a elaboração detalhada de um boletim de ocorrência, com máximo de informações que possam ajudar a identificar o autor e recuperar o que foi subtraído, até o pedido de mandado de prisão e cumprimento.
"É certo que tal indivíduo preso faz com que tais ocorrências tendam a diminuir", afirma.
Continua depois da publicidade
Ele ressalta a importância das operações periódicas e da troca de informações com a PM para a redução dos indicadores criminais.
Abordagens
Continua depois da publicidade
Silva Pedro informa que orienta os policiais a fazerem um número maior de abordagens. "É uma conduta pró-ativa do policial que está na bicicleta, no policiamento a pé, nas viaturas. Eles têm sido incentivado a abordar mais e eles têm abordado mais. É uma atitude mais dinâmica", afirma.
"Não basta estar parado no preventivo. Eu tenho que estar sempre pinçando alguém para ser abordado, um veículo. É um policiamento mais dinâmico", diz.