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Vídeo que mostra morte de dançarina no Rio pode não servir de prova

O vídeo já está em poder da polícia, mas, segundo o advogado que defende o acusado, Hugo Assumpção, as imagens foram obtidas de forma inapropriada

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 18/04/2015 às 13:39

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O vídeo que mostra o assassinato da dançarina de funk Amanda Bueno, de 29 anos, pode não servir como prova contra o acusado pelo crime, o dono de vans Milton Severiano Vieira, de 32 anos, noivo da vítima. Imagens do sistema de segurança instalado na casa onde o casal morava, em Nova Iguaçu, cidade na Baixada Fluminense, mostram Amanda sendo agredida pelo companheiro, na tarde de quinta-feira, 16.

O vídeo já está em poder da polícia, mas, segundo o advogado que defende o acusado, Hugo Assumpção, as imagens foram obtidas de forma inapropriada e vazadas irregularmente na internet, o que desqualifica o material como prova no processo. "O vídeo não vai poder ser usado, porque foi uma prova obtida de forma ilegal. Invadiram a casa dele e roubaram o vídeo antes que a polícia chegasse", justificou Assumpção, afirmando que a defesa do acusado pelo assassinato fará em momento oportuno o pedido para que a Justiça desqualifique o vídeo como prova contra Vieira.

O dono de vans foi indiciado por feminicídio, assassinato cometido contra mulheres em razão do gênero ou em decorrência de violência doméstica. Ele foi transferido neste sábado, 18, para a penitenciária de Bangu 10, no Complexo de Gericinó, na zona oeste do Rio.

O assassinato de Amanda Bueno, ex-dançarina dos grupos de funk Gaiola das Popozudas e Jaula das Gostozudas, causou comoção nas redes sociais, onde foram postadas fotos do corpo da vítima e as imagens do sistema de segurança da casa de Vieira, instalado três dias antes do crime. Na gravação, Amanda e Vieira discutem, até que o noivo começa a agredir a dançarina. Vieira derruba Amanda no chão, bate com a cabeça da vítima e a golpeia várias vezes com uma pistola. Depois de deixá-la desmaiada, ele pega uma escopeta calibre 12 e ainda dispara cinco vezes contra a cabeça da mulher.

A polícia investiga se Vieira é ligado à milícia que atua na região e controla o transporte de vans. Segundo o advogado do acusado, todas as armas que ele possuía em casa eram registradas. Assumpção também afirmou que o dono de vans não participa de nenhuma milícia.

Após o crime, Vieira roubou um carro que estava parado em frente à sua casa. Ele foi preso após capotar na Rodovia Presidente Dutra, que liga o Rio a São Paulo. O acusado estava com a pistola e a escopeta usadas no crime, outras duas pistolas e um revólver. Ele tinha porte de armas intramuros, que só permite o uso dentro de casa.

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