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Polícia

Suspeito é solto após não ser reconhecido por testemunhas

Vídeo gravado pela PM mostra o rapaz confessando o crime; em delegacia ele negou autoria

Gilmar Alves Jr.

Publicado em 11/02/2015 às 21:30

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O rapaz detido pela Polícia Militar na manhã desta quarta-feira (11) sob a suspeita de ter matado o estudante universitário Matheus Demétrio Soares, de 19 anos, no último dia 3, não foi reconhecido por três testemunhas oculares do crime e foi solto da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos.

Segundo o delegado Luiz Ricardo Lara Dias Júnior, titular da DIG, não há nenhum indício de participação do rapaz, que tem 22 anos, no homicídio.

O vídeo gravado por policiais militares que mostra uma confissão do detido traz uma versão “fantasiosa” dele sobre a dinâmica do crime, segundo Lara. O jovem disse, ao ser ouvido pelo delegado, que foi induzido pelos policiais militares a confessar.

No vídeo, o então suspeito informa que diversos tiros foram disparados no homicídio. Entretanto, segundo a Polícia Civil, um único disparo foi efetuado contra Matheus.

“Eu não matei ninguém. Os policiais entrou (sic) na minha mente e fez eu falar coisas que eu não fiz”, disse o rapaz no início da tarde de ontem ao chegar ao Palácio da Polícia. Ele foi solto por volta das 16h30. Não quis falar com a imprensa nem ser filmado ou fotografado pelos meios de comunicação no momento da saída.

Entre as diferenças do rapaz com a imagem do retrato falado, o delegado cita o cabelo bem mais comprido do jovem que fora detido e a tatuagem que ele tem no rosto.

De acordo com o delegado, menções a duas pessoas  supostamente envolvidas no crime feitas pelo rapaz no vídeo motivam diligências para que elas sejam identificadas, localizadas e ouvidas.

Matheus estava com colegas na Rua Oswaldo Cruz quando foi assassinado (Foto: Reprodução/Facebook)

Detenção

O jovem foi detido por policiais militares do 39º BPM/I na Área Continental de São Vicente após denúncias anônimas.

O rapaz tentou escapar antes de ser detido. Ele disse ao delegado que tentou fugir porque mantinha em casa um aparelho de home teather de procedência ilícita. O aparelho não havia sido encontrado até a noite de ontem.

Por meio de nota, a Polícia Militar disse que a abordagem seguiu todos os protocolos legais.

“Os policiais  responsáveis pela diligência agiram em prol da sociedade, diante do clamor público, resguardando a integridade física do abordado e conduzindo-o à DIG de Santos”, informou.

O relato do rapaz foi gravado, segundo a PM, para ser entregue à Polícia Civil.

O crime

Estudante do 2º ano de Sistemas de Informação na Universidade Santa Cecília (Unisanta), Matheus estava com colegas na Rua Oswaldo Cruz, próximo à esquina com a Rua Lobo Viana, quando foi surpreendido pelo atirador, que não se intimidou com o fato daquela região estar com uma grande aglomeração de pessoas devido ao trote de início de ano letivo e uma festa com uma banda.

Antes de matar a vítima com um tiro nas costas, o criminoso balbuciou algo no ouvido do estudante, conforme apurou o delegado. O atirador deixou o local rapidamente.

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