OPERAÇÃO ESCUDO

'O Estado levou violência e desordem para aqueles lugares', afirma ouvidor da PM

Cláudio Aparecido da Silva esteve no Diário do Litoral para participar do "PodPovo", com o jornalista Carlos Ratton, e falou sobre a Operação Escudo

Isabella Fernandes

Publicado em 22/09/2023 às 07:00

Atualizado em 06/09/2024 às 12:49

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Ao ser questionado sobre a Operação Escudo, Cláudio se mostrou desapontado com o resultado / Isabella Fernandes/DL

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“O Estado não levou educação para aqueles lugares, não levou saneamento básico, saúde, não levou cultura. O Estado levou violência e desordem”. A afirmação é do Cláudio Aparecido da Silva, o ouvidor da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Ele esteve no Diário do Litoral nesta quinta-feira (21) para participar do "PodPovo", com o jornalista Carlos Ratton, e falou sobre a Operação Escudo, iniciada em julho na região. 

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Ao ser questionado sobre a Operação Escudo, Cláudio se mostrou desapontado com o resultado. “Nosso balanço é muito negativo. Uma vez que 28 pessoas morreram em uma operação que não foi planejada, que não foi transparente e que levou inseguranças para territórios extremamente vulneráveis da Baixada Santista”, afirma.

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A Operação Escudo foi iniciada em 28 de julho, dia seguinte à morte do soldado Patrick Bastos Reis, da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar). O agente foi baleado durante patrulhamento em Guarujá. A primeira fase da Operação Escudo foi encerrada pelo governo do Estado de São Paulo em 5 de setembro. Nela, 28 civis foram mortos durante a ação.

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O ouvidor informou que a operação poderia ter sido feita de muitas formas diferentes. 

“Nós estamos em um Estado que tem a polícia mais estruturada. Inteligência aqui não é apenas uma palavra. Nós temos muitas condições de atuar com inteligência e poderíamos ter descoberto os assassinos do soldado sem necessariamente ter feito tudo que foi feito”, revela.

Uma grande insatisfação de Cláudio em relação a Operação Escudo foi o fato de os policiais envolvidos na ação não estarem usando câmeras em suas fardas. 

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Para ele, isso teria feito diferença. “A gente poderia ter feito a ação muito mais planejada e também com muito mais transparência, por exemplo, fazendo com que os policiais que atuaram todos os dias na operação tivessem atuado com câmeras corporais”, relatou.

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