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Polícia

MPF denuncia quadrilha que desviava cartões

Órgão quer que a Justiça condene denunciados por peculato, estelionato e formação de organização criminosa

Publicado em 12/12/2014 às 10:46

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O Ministério Público Federal em Santos ofereceu quatro denúncias contra integrantes de uma organização criminosa especializada no desvio de correspondências bancárias na Baixada Santista e em São Paulo.

A quadrilha se apropriava de cartões e boletos para a prática de fraudes. O grupo foi desarticulado no dia 13 de novembro, após a deflagração da Operação Corrieu. A Polícia Federal prendeu 17 denunciados. Ao todo, 28 pessoas participaram dos crimes, cometidos desde julho do ano passado.

O MPF quer que a Justiça Federal condene os denunciados por peculato, estelionato e formação de organização criminosa. Os envolvidos que ainda não foram presos serão alvo de outras denúncias. O caso tramita em segredo de justiça.

- Grupo desviava de correspondência bancária e contava com ação de funcionários dos Correios (Foto: Arquivo/DL)

Corrieu é uma palavra derivada de Correios. A operação recebeu esse nome pela quadrilha ter o envolvimento de funcionários da empresa.

No caso dos boletos, o carteiro desviava a correspondência e uma outra pessoa fazia a falsificação do código de barras, mantendo os dados originais. Ela devolvia a correspondência para o carteiro, que entregava para o destinatário. A vítima pagava a conta achando que iria cair na cobrança, mas o dinheiro ia para uma conta clonada e era imediatamente retirado pela organização.

Para os cartões, a quadrilha possuía uma estrutura com equipamentos para clonagem, identificação de senhas e até uma central telefônica para enganar clientes dos bancos. Um braço do grupo se encarregava de conseguir os dados dos titulares. Eles ligavam para a vítima e uma atendente solicitava a confirmação de dados. Ao final, as vítimas digitavam a senha pelo telefone. Essa senha era captada por um aparelho. Com a posse do cartão e a senha, a quadrilha realizava uma ligação para o banco e realizava o desbloqueio. Depois seguiam para um caixa eletrônico para o saque ou pegar empréstimos.

Segundo dados colhidos da Federação Nacional dos Bancos (Febraban) e de outros bancos envolvidos, estima-se que a quadrilha foi responsável por um prejuízo de R$ 5 milhões, mas as instituições financeiras acreditam que esse número pode chegar a R$ 20 milhões.

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