João Germano Pinto foi recapturado por policiais civis / Reprodução
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Após negociação, terminou por volta das 21h30 desta segunda-feira (16) a rebelião no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Mongaguá que teve a fuga em massa de ao menos 200 detentos, a maior da Baixada Santista, e que manteve sete funcionários como reféns. Não há informações de feridos.
Até às 23 horas desta segunda, cerca de 100 presos tinham sido recapturados. Um deles é João Germano Pinto, fugitivo que foi encontrado por policiais civis da Delegacia Sede de Mongaguá próximo à Plataforma de Pesca.
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Os trabalhos de recapturas mobilizam policiais militares e civis e contam com aparato de helicóptero.
O porta-voz da Polícia Militar na Baixada Santista e Vale do Ribeira, capitão Elisiário, ressaltou ao Diário do Litoral que devido à fuga a corporação está intensificando as ações, “direcionando o policiamento para as principais rotas que os presos podem ter pego para recapturá-los e devolvê-los ao sistema prisional”.
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Os presos que escaparam, no final da tarde, deixaram a unidade pela porta da frente e pelas laterais, no momento da contagem, e utilizaram o sistema conhecido como "cavalo doido", rendendo funcionários.
Duas fontes que também atuam na segurança pública ouvidas pela Reportagem afirmam que um dos motivos da rebelião, que não é isolada, já que houve outros motins em unidades do Estado, pode ser o descontentamento da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC) com a rigidez do regime federal em que estão lideranças, incluindo o chefe máximo, Marcos Camacho, o Marcola, preso em Rondônia.
Recentemente, segundo as fontes, houve um "salve" (ordem) da facção para que presos se recusem a ir a audiências judiciais, o que chegou a ser constatado em casos na Região. Somaria-se a isso o descontentamento dos presos de semiaberto com a decisão judicial que suspendeu a próxima saída temporária por risco de contágio por coronavírus e eventual transmissão a outros detentos.
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O CPP tinha 2,7 mil detentos, conforme os últimos dados da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).
Em nota, a SAP afirmou que a unidade, por ser de regime semiaberto, não possui vigilância armada por determinação da legislação brasileira. "A pasta está tomando as devidas providências para sanar o problema", diz.