Christian Fernando Silva, de 43 anos, foi sepultado na tarde desta terça-feira no Cemitério do Saboó / Reprodução/Facebook
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A Justiça converteu para preventiva a prisão em flagrante do shaper de 39 anos que matou o trabalhador portuário Christian Fernando Silva, de 43, no prédio onde ambos moravam, na Rua Cidade de Santos, na Ponta da Praia. A decisão ocorreu nesta terça-feira (5) em uma audiência de custódia no Fórum de Santos.
“O ‘modus operandi’ da conduta criminosa demonstra indisciplina do acusado e total desprezo ao Poder Judiciário Estatal, sendo de rigor a sua manutenção no cárcere para preservação da ordem pública e conveniência da instrução criminal”, fundamentou o juiz Rafael da Cruz Gouveia Linardi.
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O magistrado afirma, na decisão, que a gravidade do crime revela postura violenta e antissocial do acusado. "A aplicação de medidas cautelares seriam insuficientes para afastá-lo do mundo marginal", escreveu Linardi.
O shaper foi levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Vicente.
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O crime, a pancadas, ocorreu no início da tarde de segunda-feira (4). O portuário chegou a ser levado para a Santa Casa de Santos, mas não resistiu em virtude da gravidade dos ferimentos na cabeça. Ele foi sepultado na tarde desta terça no Cemitério do Saboó.
O autor do homicídio foi preso no final da tarde de segunda na Avenida Epitácio Pessoa. Ele é esquizofrênico, não passava por tratamento e disse aos policiais que não sabia que seus golpes tinham matado a vítima.
Ao ser interrogado no 3º Distrito Policial (Ponta da Praia), afirmou acreditar que estava sendo perseguido pela vítima em uma "seita satânica", versão vista pelos policiais como um delírio persecutório.
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O banco da motocicleta do portuário foi furado no final de semana pelo acusado, segundo a polícia. Nesta segunda-feira, por volta das 12h, os dois moradores se encontraram na entrada do prédio e o autor agrediu a vítima, a derrubou no chão e a atingiu com chutes na cabeça, além de segurar a cabeça e batê-la no chão.
Segundo o investigador-chefe do 3º DP, Adriano Jorge de Mattos, duas testemunhas oculares relatam que houve cerca de dez golpes.
A delegada adjunta do 3º DP, Milena Sapienza, autuou o acusado por homicídio qualificado por motivo fútil e representou pela prisão preventiva.
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