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Polícia

Câmeras não funcionavam quando aluna da USP foi atacada

O diretor da Poli, José Roberto Cardoso, afirmou que, ao pedir as imagens do sistema de câmeras nesta quarta-feira, 09, teve uma "frustração" muito grande

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 09/10/2013 às 19:23

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As câmeras de segurança do prédio da Engenharia de Produção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), onde uma estudante sofreu uma tentativa de estupro na manhã de terça-feira, 08, não estavam funcionando no momento da agressão.

O diretor da Poli, José Roberto Cardoso, afirmou que, ao pedir as imagens do sistema de câmeras nesta quarta-feira, 09, teve uma "frustração" muito grande. "As câmeras não estavam gravando, foi o relato que recebi do departamento (da Engenharia de Produção). Não sei qual foi a problema, se foi negligência ou não", disse Cardoso.

Segundo o diretor, há câmeras espalhadas no interior do prédio e nas saídas, o que significa que o agressor "seria identificado de qualquer forma". Uma sindicância interna será instaurada para apurar o caso. "Reconhecemos que houve falha na segurança e vamos corrigir", afirmou. A segurança no câmpus é privada, mas no interior dos prédios a vigilância é de responsabilidade de cada unidade.

Catracas

Cardoso também defendeu a instalação de catracas na entrada dos prédios. "Nós fizemos um projeto há uns sete anos pela implantação catracas mas, na época, a comunidade estudantil foi visceralmente contra. Vamos fazer um plebiscito para tentar convencê-los da importância da utilização das catracas, que não têm o objetivo de barrar ninguém, só de ter um controle de acesso, sobretudo para aquele que não é da comunidade", afirmou.

Cardoso disse que não quer impor a decisão antes de consultar a comunidade estudantil. "Vamos explicar com transparência os problemas que nós temos e espero que eles entendam a importância do controle de acesso mínimo."

Segundo o diretor, o câmpus Butantã da USP é aberto, diferentemente das demais universidades. "A USP todo mundo entra e sai na hora que quiser, faz parte do viário da cidade. Não tem portão para se identificar, todo mundo entra", disse. "A gente sofre porque tem uma quantidade enorme de obras em andamento e não tem controle sobre o pessoal que trabalha nessas obras. São questões que serão levantadas agora fruto dessa dolorosa experiência."

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