Mães são orientadas a amamentar os bebês e a doar o leite materno aos hospitais da região / Nayara Martins/DL
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Uma ação em todo o País vai colaborar com a doação de leite materno aos bebês que estão nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de hospitais do Rio Grande do Sul. A afirmação é da coordenadora do Banco de Leite de Peruíbe, a médica pediatra Ana Maria Calaça Prigenzi, que também vai colaborar com a campanha.
A médica Ana Maria explica que a ação é coordenada pela Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano que está organizando para fazer a doação aos bebês prematuros internados nas UTIs dos hospitais no Rio Grande do Sul.
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“Todos estão se mobilizando por meio da Rede Paulista do Brasil, ligada a Rede Brasileira de Bancos de Leite, da Fiocruz. Cada Banco de Leite do país vai doar a quantidade que conseguir. A Rede Paulista será a responsável pela distribuição ao sul do País”, ressalta.
O Banco de Leite de Peruíbe deve colaborar com a doação de cinco litros, mas já está em busca de maior número de mães doadoras. O leite materno será enviado já pasteurizado e congelado.
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A previsão é de que esse leite a ser doado aos bebês no RS seja enviado ainda este mês de junho.
A médica afirma que há cerca de 40 bebês internados em UTIs neonatais no RS. “Nessas situações de catástrofe, a primeira emergência são para atender as mães que estão amamentando os seus bebês nos hospitais”, frisa.
“O único Estado que consegue se sustentar no Brasil, com o leite materno aos recém-nascidos nas UTIs neonatais é o Distrito Federal. Isso porque lá cada hospital tem o seu banco de leite. Nos demais estados do País, a maioria dos hospitais ainda não conta com um banco de leite”, salienta.
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Segundo ela, no Brasil, os bancos de leite conseguem alimentar apenas 45% dos bebês que estão nos hospitais.
O Banco de Leite de Peruíbe, fundado no ano 2000, recebe, em média, cerca de 60 litros de leite materno, ao mês. Em Peruíbe, atualmente, estão cadastradas 89 mães doadoras.
Segundo a médica, o principal trabalho do Banco de Leite é prestar orientação a cada mãe para que ela possa amamentar o seu filho e também ser doadora, caso tenha o leite excedente. As mães são cadastradas e devem apresentar os exames de pré-natal para avaliar a saúde de cada uma.
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Ao receber a doação, o Banco de Leite faz a pasteurização de todo o leite materno recebido por meio de doações na região. As doações são feitas por mães de Peruíbe, do Hospital Regional de Itanhaém, do Posto de Coleta de Itanhaém e do Posto de Coleta de Praia Grande.
“Esse leite materno doado é distribuído aos recém-nascidos prematuros nas UTIs neonatais do Hospital Regional de Itanhaém e do Irmã Dulce, em Praia Grande”.
A médica Ana Maria fala ainda sobre a importância do alimento. “O leite materno tem muitos fatores de proteção e nutrientes que não existem no leite industrializado. Esse leite é muito importante para a recuperação dessas crianças que estão doentes nas UTIs dos hospitais”, frisa.
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Diz ainda que o leite da mãe é um alimento completo para o bebê. A recomendação é para que as mães amamentem os seus bebês até os seis meses de idade.
“Nosso papel é ajudar essas mulheres a manter a amamentação exclusiva até os seis meses e, também, após a introdução com a alimentação aos bebês”, frisa.
A mãe Karina de Lima de Oliveira, merendeira na rede municipal de educação de Peruíbe, é atendida pelos profissionais da Casa da Mulher e da Criança, no município.
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Ela já tem três filhos e está amamentando o seu terceiro, que tem três meses.
“É muito importante o leite materno para a saúde do bebê. Meus dois filhos também foram amamentados no peito. Apesar de ter que voltar ao trabalho, vou continuar dando o leite ao meu bebê”, salienta.
A Casa da Mulher e da Criança, onde funciona o Banco de Leite, é mantida pela Secretaria Municipal de Saúde. E fica localizada no centro de Peruíbe.
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