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Itanhaém

Posto de coleta de leite materno precisa de doações em Itanhaém

Equipamento, que funciona no Centro Especializado na Saúde da Criança e da Mulher, está com baixo estoque e recebe doações de leite das mães

Nayara Martins

Publicado em 01/04/2024 às 07:50

Atualizado em 01/04/2024 às 09:42

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Thaís já é doadora de leite pela terceira vez e ainda amamenta a sua filha, de sete meses / Nayara Martins/DL

O Centro Especializado na Saúde da Criança e da Mulher (Cescrim), que é o maior posto de coleta de leite materno da região, está com o estoque baixo, em Itanhaém. A doação deve ser feita por mães que amamentam e será distribuída às outras mães que precisam do leite materno e estão com dificuldades para amamentar os seus bebês.

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O Cescrim tem uma parceria com o Banco de Leite de Peruíbe, onde o leite materno é pasteurizado e distribuído aos hospitais da região.

Hoje, o Cescrim conta com a doação de sete mães doadoras, o que resulta em cerca de cinco litros de leite ao mês. Segundo a nutricionista Vaneska Marques, o posto de coleta já chegou a receber 54 litros de leite ao mês.

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A nutricionista Vaneska explica que o posto faz um cadastro simples da mãe com os dados pessoais da gestante.  

“É necessário que a mãe esteja com os exames de pré-natal já realizados, HIV e Sífilis negativos. Ela não pode ter recebido transfusão de sangue nos últimos cinco anos”, alerta.

Doação de leite materno: pediatra aponta os mitos e as verdades sobre a ação

Após o cadastro da mãe, ela já pode doar o leite materno. Uma equipe do Cescrim vai até a casa da doadora e orienta a mãe a fazer a autocoleta do leite. O frasco de vidro, a touca e a máscara são fornecidos às doadoras.

A autocoleta pode ser feita de forma manual ou com uma bomba manual ou elétrica. O leite retirado deve ser armazenado congelado na casa da mãe. “A mulher pode fazer a autocoleta várias vezes, no mesmo dia ou em dias diferentes, e vai acrescentando esse leite em cima do congelado no mesmo frasco”, esclarece a nutricionista.

O leite é recolhido pela equipe do Cescrim, uma vez por semana, às terças-feiras. A partir do volume 100 ml, o leite já pode ser enviado ao banco de leite, em Peruíbe, para ser pasteurizado.

O Banco de Leite faz o processo de pasteurização, garantindo o seu teor nutricional. Após isso, ele é distribuído ao Hospital Regional de Itanhaém e às demais maternidades na região. Ao ser pasteurizado, o leite pode durar até seis meses congelado.

Apenas 38% dos bebês no país são alimentados pelo leite materno até os seis meses de vida

“Esse leite materno é muito importante, pois atende diversas mães no litoral sul e em outros municípios da região”, frisa. O objetivo é atender as mães que estão com dificuldades de retirar o leite e, em algumas situações, quando o bebê está internado na UTI Neonatal do hospital.

“O leite materno é o único alimento mais completo. O seu teor nutricional é perfeito para conseguir nutrir a criança, em especial, as crianças que nascem prematuras. Quanto maior for o volume de leite em nossa rede de distribuição, menor será a quantidade de fórmula artificial que o hospital vai utilizar”, completa.

Mãe doadora  

Uma das mães que faz a doação de leite materno é Thaís Domene, de 32 anos, que tem duas filhas, e uma delas com apenas sete meses. Ela mora no Jardim Bopiranga, em Itanhaém.

Thaís, que já faz doação de leite pela terceira vez ao posto de coleta, fala sobre a importância do ato. A primeira vez foi na gestação de sua primeira filha, que tem 2 anos, e na segunda gestação por duas vezes.

“Às mães de bebês que estão na UTI é muito importante essa doação. Tenho uma irmã que nasceu com um problema no coração e teve que ficar na UTI recebendo a doação do leite”, salienta.

“Resolvi voltar a doar, pela terceira vez, porque comecei a trabalhar e tive que diminuir a amamentação da minha filha, aí o meu leite aumentou bastante. Soube que o estoque estava baixo e decidi voltar a fazer a doação ao posto. Além de pagar a dívida da minha irmã que precisou do leite”, explica.

Apesar de sua filha Estela, de sete meses, já estar recebendo alimentos, ela continua a dar o leite materno. “O leite materno é fundamental na introdução alimentar do bebê, pois quanto mais ele recebe o leite, mais imunidade vai ter”, completa.

No posto, as mães também recebem todas as orientações sobre o aleitamento materno, no período das 8 às 10 horas, de segunda a quarta-feira.  

O cadastro das mães pode ser feito no Cescrim, por meio de WhatsApp, no telefone 13 3426.3197 ou pessoalmente, no posto de coleta, que fica na avenida Tiradentes, 184, no Jardim Mosteiro, em Itanhaém.

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