Cubatão e seus contrastes

Com um orçamento estimado em R$ 1,2 bilhão, Cubatão convive com realidades antagônicas

3 DEZ 2012 • POR • 09h44

Com um orçamento estimado em R$ 1,2 bilhão – um dos maiores da Região Metropolitana da Baixada Santista – Cubatão convive com realidades antagônicas: de um lado os altos executivos do Pólo Industrial (a maioria morando na cidade vizinha Santos) e do outro os trabalhadores do comércio e da indústria, que se viram para morar dignamente. 

Os funcionários públicos ficam entre um e outro segmento. Os benefícios com eles transformaram o custo de pessoal superior a média regional – R$ 2.586,00 por ano, enquanto na região a média é R$ 1.262,00.

A folha de pagamento de Cubatão ultrapassa R$ 300 milhões, subindo R$ 135% em 10 anos, contra uma inflação oficial de cerca de 89% no mesmo período, inibindo aumento do quadro e direcionando para a terceirização, que pode ser fatal a previdência, que custeia a aposentadoria dos servidores públicos.   

Segundo Censo 2010, 41,5% dos habitantes moram em favelas - o maior índice de toda a Região Sudeste. Grande parte dos 49,1 mil habitantes de favelas em Cubatão mora nos chamados bairros-cota, que começaram a ser ocupados na época da construção das rodovias, nos anos 1950. 

Onze mil pessoas viviam nesses bairros no ano passado sem acesso a serviços básicos e em condições precárias de habitação. O problema já é alvo do governo estadual, que pretende, ao custo de R$ 1 bilhão, remover cinco mil famílias que vivem em área de preservação até 2016. 

 

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