Levy: instrumentos para avaliar os resultados dos gastos serão chaves

O ministro da Fazenda participou do XXVII Fórum Nacional, seminário de debates promovido pelo ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso, no Rio

12 MAI 2015 • POR • 15h52

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu a abertura da economia, a aposta em acordos comerciais e demonstrou confiança no sucesso do ajuste colocado em prática pela nova equipe econômica, em vídeo transmitido nesta terça-feira, 12, no XXVII Fórum Nacional, seminário de debates promovido pelo ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso, no Rio.

"Os principais países do mundo têm aumentado o número de acordos comerciais e de investimentos. Temos que seguir por esse caminho", diz Levy, no vídeo gravado e editado. "Abertura e concorrência não só descerram novas perspectivas e oportunidades mas criam uma disciplina, nem sempre confortável, mas tipicamente eficaz", defende o ministro, dando como exemplo a abertura comercial dos anos 1990.

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Segundo Levy, a "relativa abertura" de então foi um passo inicial para permitir o combate definitivo à inflação, que posteriormente seria condição para garantir a distribuição de renda da última década.

Ao defender o ajuste fiscal, o ministro da Fazenda deu mais uma mostra dos instrumentos no qual acredita. "Instrumentos para avaliar os resultados dos gastos (públicos) serão chaves", diz Levy, citando o caso da educação e da necessidade de melhorar sua qualidade.

"O ajuste fiscal, protegendo os programas sociais e envolvendo o setor privado, abrirá o caminho para a recuperação do crescimento econômico em bases novas", resume Levy, já no fim do vídeo.

Levy era convidado da sessão de abertura do Fórum Nacional, realizada na segunda-feira, mas ficou em Brasília. À noite, viajou a Londres, onde cumpre agenda nesta terça-feira. O vídeo, enviado em substituição ao discurso que faria na segunda-feira, tem cerca de 20 minutos e foi editado, com cortes na fala. O ministro aparece numa sala, ao lado de uma bandeira do Brasil e de um cartaz na parede, onde se lê uma frase de promoção da Lei de Responsabilidade Fiscal: "Agora, o Brasil só gasta o que arrecada".