Não precisa ocupar terreno para pedir cadastramento, diz Haddad

O prefeito afirmou ter pedido um levantamento sobre a origem da movimentação e o tipo de propriedade ocupada

13 ABR 2015 • POR • 16h50

Na manhã seguinte à série de ocupações de sem-teto na capital paulista, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse que "não precisa ocupar nenhum terreno para pedir o cadastramento" e que é preciso "respeitar" a prioridade das famílias na fila por habitação. Haddad garantiu que tanto em terrenos públicos quanto em privados haverá reintegração de posse dos prédios ocupados pela Frente de Luta por Moradia (FLM) entre a noite deste domingo, 12, e a madrugada desta segunda-feira, 13.

"Pedir para incluir seu nome no cadastro no Minha Casa Minha Vida todo mundo pode. Não precisa ocupar nenhum terreno para pedir o cadastramento. Se a pessoa está interessada, ela pode entrar no cadastramento", disse o prefeito na manhã desta segunda-feira, em evento na Praça das Artes. Para o prefeito, São Paulo vive um momento "bastante tranquilo em relação aos movimentos".

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Cerca de 2 mil sem-teto da FLM ocuparam prédios em todas as regiões da capital paulista. Ao todo, 16 imóveis foram ocupados, segundo o movimento. A Polícia Militar confirma apenas oito ocupações. Haddad descartou uma visita da Prefeitura aos prédios ocupados pelo FLM para fazer cadastramento dos sem-teto.

O prefeito afirmou ter pedido um levantamento sobre a origem da movimentação e o tipo de propriedade ocupada. "Certamente tanto o privado quanto o público, vamos tomar as medidas de reintegração para evitar uma outra destinação que não aquela prevista em lei".

Bolsa aluguel

Segundo Haddad, 28 mil famílias inscritas no Bolsa Aluguel podem pesquisar no site da Prefeitura quais terrenos foram comprados e doados para a construção da moradias do Minha Casa Minha Vida. "Ou nós ou o setor privado, por meio também do programa, já adquirimos terra suficiente para mais do que 55 mil unidades habitacionais".

PPP da Habitação

Questionado sobre o tempo entre o cadastramento no programa de habitação e a entrega da moradia, Haddad respondeu que "depende" e destacou o plano habitacional desenvolvido há dois anos para a capital. "Nós trabalhamos dois anos para ter um plano habitacional. Hoje nós temos. Se você consultar os empresários do Minha Casa Minha Vida que não atuavam na cidade, pode sortear um nome e entrevistar, você vai ver que todos vão reconhecer o esforço que o município teve para aderir ao Minha Casa Minha Vida", disse.

Haddad reforçou a parceria da Prefeitura com o Governo do Estado que no mês passado assinaram um contrato de parceria público-privada (PPP) para construção de 3.683 moradias na região central de São Paulo, na Barra Funda. "A cidade está entrando com R$ 80 milhões na PPP do centro. Já tem uma empresa e nós já estamos destinando terreno para isso. Vamos dar o terreno e, se não houver terreno, vamos dar o valor que atinja R$ 80 milhões".