Mesa Diretora abre exceção e Duque poderá prestar depoimento na Câmara

Com isso, o ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque prestará depoimento à CPI que investiga esquema de corrupção na estatal em um dos plenários da Câmara nesta quinta-feira, 19

18 MAR 2015 • POR • 16h09

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), suspendeu temporariamente nesta quarta-feira, 18, ato da Mesa Diretora que proíbe que presos prestem depoimento nas dependências da Casa. Com isso, o ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque prestará depoimento à CPI que investiga esquema de corrupção na estatal em um dos plenários da Câmara nesta quinta-feira, 19.

O depoimento de Duque, preso na última segunda-feira, 16, durante a décima fase da Operação Lava Jato, está marcado para as 9h30 e aconteceria na superintendência da Polícia Federal em Brasília. Cunha abriu uma exceção a pedido do presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), que anunciou a novidade em seu perfil no Facebook.

Leia Também

'E alguém tinha expectativa diferente?', afirma Cunha, sobre Datafolha

Dilma diz que governo está "expurgando males que carregamos há séculos"

MTST encerra atos, mas planeja novos protestos para esta tarde

Falar a verdade neste País custa muito caro, diz Ciro Gomes

Operador de propina pagou R$ 1,4 milhão em consultoria a Dirceu

"Após solicitação nossa ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, ele suspendeu excepcionalmente o ato da Mesa que proibia o depoimento de detidos nas dependências da Câmara", afirmou o deputado. "O ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque prestará depoimento no plenário 2 na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira, 19, às 9h30 da manhã", declarou.

"Agradecemos a atenção do presidente da Casa, pois sabemos que isso colabora com o bom funcionamento da CPI, que terá maior autonomia e transparência na condução dos trabalhos", encerrou o presidente da comissão.

Duque foi preso em sua casa, no Rio de Janeiro, na última segunda-feira e encaminhado à sede da Polícia Federal em Curitiba (PR). Na terça-feira, 17, o juiz federal Sérgio Moro, que conduz os trabalhos da Lava Jato, enviou despacho à Câmara autorizando a transferência para Brasília para que preste depoimento.