Presidente dos químicos participa de congresso trabalhista na França

“A exemplo do Brasil, na França, e em vários países da Europa, os conflitos trabalhistas e sociais também estão mobilizando trabalhadores", diz o sindicalista

9 MAR 2015 • POR • 11h34

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Santos e Região, Herbert Passos Filho, participou, junto com dirigentes da Força Sindical, do congresso da central Force Ovriére (Força Operária - FO), em Tours, na França. “A exemplo do Brasil, na França, e em vários países da Europa, os conflitos trabalhistas e sociais também estão mobilizando trabalhadores, pois existe uma crise econômica que é mundial”, diz o sindicalista.

Passos, que também é secretário de Meio Ambiente e coordenador setorial dos Químicos da Força, esteve non evento internacional  acompanhado pelo membro da diretoria executiva, Gilson Martins de Oliveira e do secretário adjunto de raça e etnia da Força Sindical SP, e Heitor Danilo Apipe, diretor do Sindicato dos Químicos da Baixada Santista. O evento  contou com delegações de 23 países numa organização que envolveu mais de 3000 delegados representando as quase 2.500 representações sindicais filiadas.

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Herbert Passos relata que Central Operária da França foi uma das primeiras a apoiar a criação da Força Sindical. “Em um momento em que todas as forças políticas eram contra nós, no Brasil, e sempre se manifestaram com opiniões comuns e de consulta recíproca com o Brasil”.

Ele resume a importância do  evento. “Realizado em momento de conflitos e emoções afloradas na sociedade francesa, o Congresso aconteceu de forma democrática e legitimidade inerente aos costumes franceses”, destacou o sindicalista santista.

“Além das dicotomias étnicas que geram conflitos no momento atual do país, que vitimaram inclusive um delegado sindical da corporação policial, filiado à central FO, durante o atentado à redação do “Charlie Hebdo”, também atravessam uma tentativa do governo atual de rever a representação política territorial existente”.

Segundo Passos, na França, assim como no Brasil, a precarização dos contratos de trabalho, novas formas flexibilizadoras dos contratos de trabalho e a perdas de direitos sociais têm sido o resultado da crise econômica mundial: “O trabalhador, em qualquer lugar do mundo, não pode pagar essa conta. A luta do trabalhador é mundial, pois toda crise é uma ferramenta de transferência de renda dos mais pobres para os mais ricos”, finaliza Herbert Passos.