Universitário morto em Bauru (SP) bebeu pelo menos 25 copos de vodca

A mesma competição de bebida que o matou ainda deixou outros três universitários em estado de coma e motivou duas prisões em Bauru no interior de São Paulo

1 MAR 2015 • POR • 23h29

Vodca em excesso foi a causa da morte do universitário Humberto Moura Fonseca, de 23 anos, do 4.º ano de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita (Unesp). A mesma competição de bebida que o matou ainda deixou outros três universitários em estado de coma e motivou duas prisões em Bauru no interior de São Paulo.

O corpo de Humberto foi levado neste domingo (1º) para Passos, em Minas, onde vive a família. O rapaz apresentava-se nas redes sociais como praticante de muay thai. Segundo a Polícia Civil, que investiga o caso, Fonseca participava de uma “competição” com colegas da Unesp e morreu na tarde de sábado (28) em decorrência da intoxicação por álcool - o mesmo ocorreu com outros seis universitários e três seguem internados. “O rapaz que morreu bebeu pelo menos 25 copinhos plásticos de vodca e passou mal. O campeão da competição tomou 30 copinhos e está em estado grave”, explicou o delegado Mário Henrique de Oliveira Ramos, de 50 anos, da Central de Polícia Judiciária. Seriam copinhos de café.

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Além de outras bebidas, como cerveja, catuaba e cachaça servidas à vontade, havia um “torneio” específico para escolher os campeões de consumo de vodca. “Bebiam e quem não parava em pé desistia”, contou o policial, destacando também que foi servido chá de boldo “aos que estavam passando mal”. “Não havia nenhuma estrutura para socorrer as vítimas”, afirmou.

O primeiro chamado para a Polícia Militar por causa da bebida em excesso dos participantes da festa chegou ao Comando de Policiamento (Copom) de Bauru às 16h30 - uma hora depois de a festa começar.

Dois alunos foram detidos - e posteriormente liberados. “Eles são de duas repúblicas envolvidas na promoção da festa. Nós enviamos ao juiz o pedido de prisão em flagrante por homicídio com dolo eventual”, explicou o delegado. “O advogado deles conseguiu a liberação na Justiça. Ambos vão responder ao processo em liberdade e também responderão pelo estado das outras vítimas.”

A polícia não divulgou os nomes dos suspeitos. Segundo o delegado, pelo menos 2 mil jovens estavam na festa - que segundo a mídia local não teria alvará. “Os preços chegavam a R$ 100, com direito de consumir bebida à vontade”, disse Oliveira Ramos. Na página do evento no Facebook, um dos atrativos era a justamente o “open bar”. A página deixava claro que a competição de bebidas iria ocorrer e o evento tinha patrocínio de uma marca de cerveja.