Alckmin diz que não há decisão sobre rodízio exclusivo para o Cantareira

O sistema abastece mais de 6,2 milhões de pessoas, é o maior fornecedor de água para a região e ainda é o que mais sofre com a estiagem

5 FEV 2015 • POR • 16h04

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quinta-feira, em Iracemápolis (SP), que "não há nenhuma decisão" sobre a possível adoção de um rodízio de abastecimento de água exclusivo para clientes da capital paulista e Grande São Paulo abastecidos pelo Sistema Cantareira.

O sistema abastece mais de 6,2 milhões de pessoas, é o maior fornecedor de água para a região e ainda é o que mais sofre com a estiagem. "Essa decisão é técnica e depende de monitoramento da Sabesp. Não há nenhuma decisão a esse respeito", afirmou ele após a cerimônia da pedra fundamental da fábrica de automóveis da Mercedes-Benz, na cidade do interior paulista.

Leia Também

CPI da Petrobras só deve ser instalada após o Carnaval, diz Cunha

Vice-governador de SP avalia que população tenta dividir culpa por crise da água

Planalto decide ignorar denúncia de que Dilma continua sendo espionada

Renan articula chapa para Mesa do Senado sem PSDB e PSB

Graça deu a sua vida à Petrobras, diz governador do Rio

Alckmin citou medidas já adotadas para mitigar a crise hídrica, como o pagamento de bônus para os clientes que diminuíssem o consumo, com adesão de 81% da população, e ainda a utilização de válvulas de redução de pressão, com queda de 20% na demanda. No entanto, segundo o governador, a solução definitiva para garantir o abastecimento é a integração das bacias do Sistema Cantareira com a do Jaguari, que geraria uma capacidade de reservar água de 2 bilhões de metros cúbicos.

"O Cantareira com cinco represas, tem capacidade de 980 milhões de reservação. Só na represa do Jaguari a capacidade é de 1,1 bilhão". Alckmin citou ainda outras obras previstas para reservar água na região de Campinas, que devem demorar três anos para serem concluídas e ainda a utilização da represa Billings como auxiliar ao abastecimento na Região Metropolitana de São Paulo, prevista para ocorrer "antes da seca", segundo ele.