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Política

Vice-governador de SP avalia que população tenta dividir culpa por crise da água

"No fundo, o que eu sinto é que a população tenta passar para alguém um pouco da sua própria culpa, sendo franco", afirmou Márcio França (PSB)

Agência Brasil

Publicado em 05/02/2015 às 14:26

Atualizado em 27/09/2022 às 14:45

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O vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), considera injusta a acusação de "estelionato eleitoral" feita pela oposição ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) em relação à condução da crise hídrica no Estado. Em entrevista ao Broadcast Político, serviço da Agência Estado de notícias em tempo real, França disse que a forma como Alckmin tratou o tema durante a campanha foi diferente do que fez a presidente Dilma Rousseff em relação a assuntos como aperto fiscal e racionamento de energia.

"As pessoas querem associar a falta de água ao mundo eleitoral, aí está o grande erro. O mundo eleitoral encerrou em outubro. Teve outubro, depois teve novembro, dezembro. Se fosse pelo problema eleitoral, ele teria falado logo depois da eleição, como a Dilma fez, com a questão do Orçamento", afirmou França. "No fundo, o que eu sinto é que a população tenta passar para alguém um pouco da sua própria culpa, sendo franco. Se você for de casa em casa, as pessoas estão fazendo o máximo que elas podem pra ter uma restrição? É claro que algumas pessoas fazem, mas é claro que há quem não faça também", argumentou.

Segundo França, estudos e relatórios usados em reportagens para evidenciar que era possível prever a estiagem no Estado eram previsões, mas que não traziam qualquer certeza sobre o cenário drástico que vem se concretizando. "Eram só previsões, como tem gente que falou que o avião (de Eduardo Campos) ia cair, mas não havia consenso sobre isso", defendeu. O vice-governador relatou que, durante a campanha eleitoral, técnicos mostravam dados para o governador de que haveria um nível de chuvas maior em novembro, dezembro e janeiro, o que não se confirmou.

O vice admitiu que talvez a comunicação sobre a estiagem com a população pudesse ter sido de outra forma, com campanha de conscientização mais intensa ao longo do ano passado, mas argumentou que essa autocrítica, "salutar", só pode ser feita à luz dos dados que se tem hoje. "Talvez a comunicação pudesse ter sido feita com outro formato. Ter autocrítica e tentar alterar as coisas é salutar, agora o governo não é uma máquina infalível "

Sobre a proposta apresentada pela Sabesp há um ano - conforme revelado pelo Estadão - de adoção do rodízio de dois dias com água para um sem, França avalia que era uma proposta incorreta. "A Sabesp estava errada e a conta é simples. No rodízio dois por um, diminuiríamos (o consumo) em 50% talvez, (com a redução da pressão), nós diminuímos de 33 pra 17, praticamente a metade e sem o rodízio", afirmou, referindo-se à vazão do principal manancial que abastece a região metropolitana de São Paulo, o Cantareira, que teve a vazão reduzida de 33 metros cúbicos por segundo para 17, após exigência apresentada ao governo estadual pela Agência Nacional de Águas (ANA).

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