Sobe o preço dos alimentos nas feiras

Longo período de seca e fortes chuvas comprometem colheita. Na Ceagesp, o quilo do tomate é encontrado a R$2,66, já na feira está a R$4,50

5 FEV 2015 • POR • 11h28

Pode ter sido culpa da seca enfrentada pelo Estado de São Paulo ou das fortes chuvas que castigaram as plantações no mês. O fato é que houve aumento no preço de frutas, verduras e legumes nas feiras de Santos.

Um produto símbolo do acréscimo no valor dos produtos é o pepino japonês. Anteriormente, vendido a R$ 2,00 o quilo, agora é encontrado a R$ 6,00. Também podem ser citados o tomate (R$ 4,50 o quilo) e a uva rubi (R$ 6,00).

Leia Também

Defensoria obtém vitória em Guarujá e Praia Grande

Prefeitura de São Vicente fará concurso para professores

Financiamento pode salvar Santa Casa de Santos

Risco de desabastecimento de energia no Sudeste aumenta de 4,9% para 7,3%

Anvisa avalia mudanças para agilizar pesquisas clínicas no País

Mais cidades estão em emergência por causa de dengue no interior paulista

Como adiantado na coluna ‘Repórter da Terra’, do jornalista Nilson Regalado no último dia 30, no jornal Diário do Litoral (leia a coluna aqui), “A terceira prévia de janeiro do Índice Ceagesp apontou alta de 9,18% no preço dos legumes e de 8,47% nas verduras. E o pior ainda está por vir. O pico da carestia na salada, porém, só deve ser atingido em fevereiro, quando o consumo tende a aumentar com o retorno de quem viajou para fora do Estado”.

Há uma semana, o quilo do tomate poderia ser adquirido na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo(Ceagesp) por R$1,37. Nesta semana, o valor subiu para R$2,66. O mesmo ocorre com o jiló (de R$2,17 para R$2,51 o quilo) e o chuchu (R$2,22 para R$2,88 o quilo).

Uma feirante se conformou com o aumento e disse que “no verão é comum ter aumento”. Mas segundo Regalado, que também é produtor rural, “essa inflação, que costuma terminar junto com o verão, deve se prolongar em 2015 devido à seca e ao calor no Estado”.

Além da seca no estado e fortes pancadas de chuva que prejudicaram as plantações, houve também alteração no custo do transporte de mercadorias, já que o combustível teve aumento.
Do outro lado da barraca de feira fica a reclamação dos clientes, que chegam até a mudar a dieta por causa dos preços. “A alface que eu costumava  comprar ficou cara demais. Tive que substituir. Tá tudo caro. Onde já se viu o quilo do jiló a R$6,00”, desabafou uma senhora enquanto pesquisava as verduras.

Segundo alguns consumidores que conversaram com a reportagem, o valor dos alimentos passou a subir depois das festas de fim de ano.

Concorrência interna

O feirante Marcelo da Silva vê outro fator para o aumento do preço dos produtos da feira. Ele citou a influência de comerciantes do Litoral Sul.

“Grandes atacadistas de Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe vem comprar produtos na nossa região. Eles possuem muitas barracas lá e tem bastante dinheiro. Por exemplo, enquanto encomendo 10 caixas de laranja, eles encomendam 100. Com isso, os produtores acabam jogando o preço no alto. Eles inflacionam a mercadoria”, explicou.