Universidade do Trabalhador será implantada em 2015

Manoel Dias fez o anúncio ontem, em Santos, onde esteve para inaugurar a sede da Fundacentro

19 DEZ 2014 • POR • 11h48

O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, participou ontem, em Santos, da inauguração da sede da Fundacentro, que está sendo reativada na região e mencionou em entrevista ao DL, que a Universidade do Trabalhador, com cursos de qualificação à distância, será implantada no primeiro semestre de 2015. “Será um passo muito importante para o aprimoramento e qualificação dos trabalhadores”, mencionou Dias.

Manoel Dias explicou que a  Qualificação à Distância (QAD), denominada Universidade do Trabalhador, tem como prioridade os beneficiários do Programa do Seguro-Desemprego cadastrados nos posto de intermediação de mão-de-obra e contempla o desenvolvimento de cursos de qualificação profissional ou formação inicial e continuada utilizando-se de metodologia apropriada, por meio da internet, executada diretamente por órgão específico vinculado ao MTE, ou por meio de parcerias com entidades sem fins lucrativos.

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Ao inaugurar a futura sede da Fundacentro, o ministro falou aos sindicalistas da região e representantes das centrais sindicais, que o número de empregos com carteira assinada cresceu em novembro e que as deficiências estão sendo corrigidas para gerar empregos e fortalecer os salários “Nesse ano, todos os acordos coletivos entre empresas e empregados  foram feitos com aumento real de salários, o que já demonstra um avanço diante de um mundo amedrontado pelo desemprego. Só na região da Zona do Euro são cerca de 100 milhões de desempregados, sendo que o mundo registra hoje 480 milhões de desempregados”, disse o ministro.

Ao Diário do Litoral, o ministro disse que o País fecha o ano de 2014 com uma média alta de trabalhadores com carteira assinada. “Temos mais de 49 milhões de trabalhadores formais, e vamos crescer mais ainda em 2015, pois a queda verificada recentemente  já foi sanada”.

Em relação à Fundacentro, ele disse que a reativação da entidade era uma das reivindicações dos trabalhadores e do movimento sindical da Baixada Santista. “Será mais um desafio para qualificar profissionais e combater acidentes de trabalho e as doenças profissionais”, alertou o ministro.

A futura sede da ERBS-Fundacentro, está localizada na Avenida Ana Costa, 21 – Vila Mathias.

Além do ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, o ato contou com as presenças da presidente da Fundacentro, Maria Amelia Souza Reis, do diretor técnico, Robson Spinelli Gomes, do diretor de Administração e Finanças, Paulo Cesar Vaz Guimaraes e do chefe do ERBS-Fundacentro, Josué Amador, da gerente regional do Ministério do Trabalho de Santos, Rosângela Ribeiro, e lideranças da Baixada Santista.

Sindicalistas

“A volta da Fundacentro à Santos vai fortalecer os trabalhadores, que terão a quem recorrer para a sua proteção em termos de qualificação profissional e em casos de acidentes e doenças profissionais”, disse Herbert Passos Filho, presidente dos Químicos da Baixada Santista e diretor da Força Sindical na Região.

“Nossa Região se ressentia dessa necessidade, pois temos o maior porto da América Latina, que junto com o Parque Industrial de Cubatão e setores como o comércio, geram milhares de empregos diretos e indiretos. Esse retorno das atividades da Fundacentro era preciso e será um suporte para os trabalhadores”, justificou Arnaldo Azevedo Biloti, presidente do Sincomerciários e coordenador da UGT em Santos.

Mercado formal volta a contratar depois de uma queda em outubro

De Santos, o ministro do Trabalho Manoel Dias seguiu direto para Florianópolis, em Santa Catarina, onde fez oficialmente o anúncio do Caged de novembro. Conforme ele antecipou aos sindicalistas da Baixada Santista, o mercado formal de emprego voltou a crescer em novembro, depois de registrar queda no mês de outubro.

Foram geradas 8.381 novas vagas, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) — um crescimento considerado modesto, mas que indica que houve uma situação atípica no mês anterior. A retomada na abertura de vagas foi puxada pelo comércio e pelo sul do País e pode indicar um volume de desligamentos para dezembro menor que o tradicionalmente registrado.

Em geral, segundo o ministro, o mês de novembro apresenta um saldo menor que o verificado em outubro. O total de admissões no mês de novembro atingiu 1.613.006 e o de desligamentos alcançou 1.604.625. No acumulado do ano, o emprego cresceu 2,31%, representando o acréscimo de 938.043 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o aumento foi de 430.463 postos de trabalho, correspondendo à elevação de 1,05%.

Entre os setores, o comércio foi o grande destaque, com +105.043 empregos, saldo superior ao ocorrido em novembro de 2013 e à média de 2003 a 2013 (+103.258 e +95.739 postos respectivamente). O setor de serviços também colaborou, depois de apresentar desempenho tênue em outubro. Foram 29,5 mil vagas, contra 2,4 mil no mês anterior. A Construção Civil, com -48.894 postos teve o pior desempenho do mês.