Dilma atribui queda do PIB a feriados e commodities

A presidente e candidata a reeleição também disse acreditar que o Brasil "tem todas as condições para ter uma grande retomada"

29 AGO 2014 • POR • 20h21

Em visita a Salvador (BA), em uma agenda mista com eventos oficiais e gravações para a propaganda eleitoral, a presidente Dilma Rousseff classificou como "momentânea" a queda do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre do ano e disse esperar uma "grande recuperação" dos indicadores no segundo semestre.

Segundo Dilma, o excesso de feriados, por causa da Copa do Mundo e a queda nos preços das commodities no mercado internacional foram os principais responsáveis pela redução de 0,6% do PIB do País no segundo trimestre. "Por causa da Copa do Mundo, tivemos a maior quantidade de feriados na história do Brasil, nos últimos anos, nesse trimestre, mas no próximo trimestre, teremos uma situação oposta", alegou a presidente.

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"Nós estamos vendo que os únicos países que se saíram bem no segundo trimestre no mundo foram a China, os Estados Unidos e o Reino Unido, este último um pouco menos, mas bem", completou Dilma. "Nos demais países, houve uma redução drástica do crescimento. Aqui na América Latina também se verificou isso. E uma das razões foi a queda dos preços das commodities. Alguns países vizinhos, como o Chile, o Peru e a Colômbia, tiveram uma grande redução do crescimento. Acredito que no próximo trimestre e no segundo semestre do ano nós teremos uma grande recuperação."

A presidente também disse acreditar que o Brasil "tem todas as condições para ter uma grande retomada". Após conhecer as instalações da Faculdade de Tecnologia Senai Cimatec, Dilma disse que ali "está um dos vetores" da volta do crescimento. "Estamos apostando na ampliação da capacidade produtiva do povo brasileiro, essa é uma das condições para a retomada", disse.

"A segunda condição são os grandes investimentos em infraestrutura, que preparam o Brasil para um novo ciclo", afirmou a presidente. "E a outra é uma grande reforma na estrutura de atuação do Estado. Nós temos de criar um Brasil sem burocracia e sem custos elevados. Por isso, temos perseguido sistematicamente a redução de impostos."