São Paulo defende distância no G-4 contra Santos em reação

O fato curioso é que o tricolor paulista não bate o Peixe há dois anos já, mas esse tabu é completamente ignorado

24 AGO 2014 • POR • 13h23

De volta ao G-4 do Campeonato Brasileiro após três vitórias seguidas, incluindo uma sobre o Palmeiras, o São Paulo põe sua regularidade em jogo em outro clássico, o segundo em uma semana. Neste domingo, às 16 horas (de Brasília), o rival é o Santos, que reagiu na rodada passada e, no Morumbi, tentará se reaproximar justamente da faixa dos quatro primeiros colocados.

Jogar como mandante não é necessariamente uma vantagem para o time treinado por Muricy Ramalho. Exceto pelo triunfo sobre o Vitória, que iniciou a sequência positiva recente, os dois seguintes fora de casa, onde o São Paulo tem se dado melhor na competição.

Leia Também

Ricciardo vence, Rosberg é segundo e aumenta vantagem sobre Hamilton

Brasil vence Japão e conquista o título do Grand Prix pela 10ª vez

Antes do centenário, Palmeiras vence Coxa e dorme fora da degola

Oswaldo relaciona 22 jogadores para o clássico sem Robinho

Polícia do Rio investiga roubo das taças dos campeonatos mundiais de vôlei

"Estamos indo muito bem fora de casa, mas em casa temos que melhorar muito. O mesmo que estamos fazendo fora temos que fazer dentro de casa, apesar de ser um clássico, com muita dificuldade", disse o treinador, esperançoso em saltar da quarta para a segunda colocação - Internacional e Corinthians, respectivamente vice-líder e terceiro colocado, somam 31 pontos cada, dois a mais do que sua equipe.

Para manter o Santos distante, com os 23 pontos atuais, e se firmar na disputa entre os líderes, o São Paulo deve jogar praticamente com a mesma formação que surpreendeu o Internacional no Beira-Rio, no meio de semana. A única mudança possível é o retorno do volante Souza, que cumpriu suspensão. Ocorre que Hudson, seu substituto, atuou bem e agradou à comissão técnica, podendo até continuar.

O Santos, que voltou a vencer depois de uma sequência negativa, tem no clássico no Morumbi uma chance de engrenar para sonhar com a zona de classificação para a Copa Libertadores. "Nosso objetivo é o título, mas está distante. Tem que ser de degrau em degrau. Vamos em busca do G-4 primeiro", disse o volante Arouca.

A má notícia para o torcedor santista é a ausência de Robinho. Apesar de o clube alimentar uma esperança em tê-lo em campo, as chances são remotas. O atacante sofreu um estiramento muscular na coxa direita e tem feito tratamento três vezes ao dia. Independentemente disso, o técnico Oswaldo de Oliveira garante não mudar o jeito de jogar.

"O Santos não vai mudar nada a forma de jogar, pode mudar um ou outro jogador, por causa da competição, mas nós vamos jogar como sempre", avisou, antes de elogiar o rival 17ª rodada do Brasileiro. "O São Paulo é um timaço. Está todo mundo esperando que Kaká, Ganso, Pato, Kardec... que esses caras todos cresçam. Fizeram uma partida muito boa contra o Inter. E isso torna o nosso próximo jogo muito difícil".

Com Robinho praticamente descartado, Rildo e Gabriel, que está à disposição após servir a seleção brasileira Sub-20, brigam por uma vaga no ataque. O restante não deve mudar.

O fato curioso é que o São Paulo não bate o Peixe há dois anos já, mas esse tabu é completamente ignorado. "Eu realmente não levo em consideração. Toda vez que essa pergunta é feita eu sempre respondo da mesma forma e com a convicção de sempre. Isso não tem nenhum peso e acho até que cinco jogos em dois anos não tem um efeito muito grande", minimizou Oswaldo.