Jogadores do Brasil se revoltam com violência contra Neymar na Copa

O golpe fatal foi a joelhada do colombiano Zúñiga, que provocou uma fratura na terceira vértebra lombar do atacante e o tirou do torneio de forma prematura

5 JUL 2014 • POR • 13h26

Antes mesmo de descobrirem a gravidade da contusão de Neymar, os seus companheiros de Seleção Brasileira já desabafavam contra a violência que o atacante sofreu ao longo da Copa do Mundo. O golpe fatal foi a joelhada do colombiano Zúñiga, que provocou uma fratura na terceira vértebra lombar do atacante e o tirou do torneio de forma prematura.

“O Neymar vem apanhando desde o começo da Copa. E ninguém faz nada!”, revoltou-se o lateral direito Maicon, que ganhou a vaga de Daniel Alves na vitória por 2 a 1 sobre a Colômbia, com Zúñiga como antagonista. “O cara deu uma porrada e nem tomou cartão, enquanto o Thiago Silva foi punido por passar na frente do goleiro. É complicado! Foi uma pancada do caramba, que levou o moleque para o hospital. Temos que estudar melhor isso aí”, cobrou.

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Apesar de mais exaltado do que os demais, Maicon não estava sozinho em sua irritação. Ao contrário. Todos os jogadores do Brasil manifestaram inconformismo com o que ocorreu no Castelão, na sexta-feira. “Isso é muito triste. O Brasil está sendo bastante prejudicado, e ninguém fala nada”, lamentou o atacante Hulk.

O meia Oscar também concentrou a sua crítica no árbitro espanhol Carlos Velasco Carballo, conivente com as jogadas mais ríspidas de colombianos e brasileiros na partida do Castelão. “O Neymar tomou uma joelhada, e o juiz nem amarelo deu. Aí, o Thiago Silva leva cartão na hora por ficar na frente do goleiro... A gente fica triste, até porque o Neymar é um dos nossos principais jogadores”, comentou.

Sem Neymar, o técnico Luiz Felipe Scolari poderá oferecer a Oscar um novo parceiro de meio-campo na semifinal contra a Alemanha, na tarde de terça-feira, no Mineirão. Willian, também jogador do inglês Chelsea, disputa com Bernard a chance de ganhar uma vaga na equipe. Outra opção é reforçar o poder de marcação com um jogador como Paulinho ou Ramires.

Seja como for, os atletas do Brasil ainda saudáveis tentaram não perder a confiança. “Todo o mundo sabe que o Neymar é um craque, um gênio, mas a maior força da Seleção é o coletivo. Quem entrar vai ajudar bastante para, se Deus quiser, seguirmos em frente”, esperançou-se Hulk. “Futebol é assim mesmo. Temos outros jogadores para entrar”, concordou Oscar.