Arce: 95% da população abastecida pelo Cantareira reduz consumo de água

Em fevereiro, a Sabesp anunciou a oferta de desconto de 30% para a população atendida pelo Sistema Cantareira que reduzisse em 20% o consumo de água

26 JUN 2014 • POR • 12h01

A população da região metropolitana da capital paulista atendida pelo Sistema Cantareira reduziu o consumo de água e tem recebido desconto na fatura, afirmou nesta quinta-feira, 26, o Secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, Mauro Arce. De acordo com dados mencionados por ele, 95% da população diminuiu o consumo de água. Destes, metade conseguiu economizar o suficiente para receber desconto na fatura. "E esses números vem crescendo", disse o secretário, em palestra para empresários e membros da Associação de Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB).

Em fevereiro, a Sabesp anunciou a oferta de desconto de 30% para a população atendida pelo Sistema Cantareira que reduzisse em 20% o consumo de água. O Sistema Cantareira atende a maior parte da região metropolitana e é afetado pela estiagem desde o começo do ano.

Leia Também

INSS: sistemas de atendimento estarão fora do ar neste fim de semana

Codesp lança agenda ambiental

Governo decreta calamidade pública em municípios do PR e SC

Copa impõe restrição no trânsito de São Paulo nesta quinta-feira

Polícia prende 12 cambistas no Maracanã

Mauro Arce avaliou que o incentivo à economia de água tem dado bons resultados, o que afasta a necessidade de aplicação de multa pelo consumo excessivo de água. "Pelo sucesso do bônus, não foi preciso aplicar o ônus", disse.

O secretário também afastou a hipótese de racionamento. "Se eu aplicar o rodízio de água em São Paulo, eu teria resultados piores que os de hoje. Se as pessoas ficarem sem água, não terão o bônus nem motivos para alcançar a economia que estamos vendo hoje", justificou.

Mauro Arce reiterou que a Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp) vem investindo cerca de R$ 2,5 bilhões por ano e que a crise de abastecimento não ocorre pela falta de aplicação de recursos no setor. A estiagem, segundo citou, é a pior da série histórica do Estado, de 84 anos.